No dia 13 de setembro, foi comemorado o Dia da Cachaça. A data foi criada em 2009, como uma homenagem ao dia em que a bebida foi liberada pela Coroa Portuguesa para venda e fabricação no Brasil: dia 13 de setembro de 1661, que ocorreu no Rio de Janeiro, e na época, a rebelião ficou conhecida como a Revolta da Cachaça, que legalizou a bebida proibida até aquela data. Ao longo dos anos após a fracassada tentativa de proibição pela coroa portuguesa, a cachaça passou por altos e baixos, e vem ganhando espaço no país sendo consumida pura ou como base para outras bebidas, como o quentão e a caipirinha, e acabou se tornando um aspecto essencial da formação cultural e social brasileira.
Inicialmente associada ao consumo pelos escravos e pelas classes menos abastadas desde seu início, a cachaça levou tempo para se desvencilhar dos preconceitos e do injusto rótulo de uma bebida de qualidade inferior e sem valor na mixologia. Isso mudou com o passar dos anos, quando as cachaças artesanais passaram a ser valorizadas em território nacional e internacional, sendo atualmente exportadas para diversos países.
Hoje, apesar da pequena taxa de exportação a cachaça brasileira ganhou status internacional e alguns rótulos são comparados aos melhores conhaques, wiskeys e vodkas pelo mundo. A “branquinha” é o quarto destilado mais consumido no mundo e a segunda bebida alcoólica mais consumida no país.
Esse crescimento tem sido possível por que as cachaçarias profissionalizaram seu meio de produção e traz mais informações e estudos sobre o produto e com isso vem se tornando bem popular entre homens e mulheres e tem ganhado os bartenders das noites das grandes cidades que vem utilizando a cachaça nos mais diversos drinks, além da caipirinha. Seja “purinha”, branquinha”, “amarelinha” ou em drinks a “marvada” ganhou espaço e com isso muitos novos alambiques vêm surgindo a cada ano. Segundo o MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o número de estabelecimentos produtores de Cachaça e de Aguardente registrados cresceu 4,14 % no último ano. O número em 2020 foi de 1.131 e em 2019 de 1.086.
“Temos hoje no mercado rótulos de cachaças que são mais valiosas que muitos wiskey, é um mercado que vem tendo cada vez mais adeptos e por consequência a exigência pela qualidade está cada vez maior.”, diz Rafael Araújo dono da maior WebStore do mundo especializada em cachaças em entrevista para Revista Aroma. (www.revistaaroma.com)
A cachaça é tão versátil que além de beber, a utilização na elaboração de pratos vem sendo destaque em bares e restaurantes. E, para degustar essa maravilha brasileira, que tal a nossa tradicional caipirinha. Leve e refrescante tem tudo a ver com nosso clima.
CAIPIRINHA TRADICIONAL
Ingredientes
50 ml de cachaça de boa qualidade
02 colheres de açúcar refinado
01 limão médio
MODO DE PREPARO
Corte as extremidades do limão e separe uma rodela para decorar o drink. Corte a fruta ao meio e retire o centro branco do limão para não amargar. Corte o limão em 08 partes e coloque em uma coqueteleira com o açúcar. Com um socador, macere o limão com açúcar.
Acrescente gelo picado e a cachaça. Mexa os ingredientes no copo e decore com a rodela de limão. Sirva.
Sugestão: Macere umas folhas de hortelã junto com o limão. Dá um toque especial.
Bon appétit!
Joenio Dessaune
CEO/Fundador da AROMA
Chef de Cozinha e Consultor
@joeniodessaune