Quatorze de novembro é o Dia Mundial do Diabetes, doença que afeta quase 7% da população nacional, segundo dados da Organização Mundial de Saúde. Se não houver o controle, ela pode trazer danos irreparáveis ao corpo e à saúde. O Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim (Heci) disponibilizou um especialista para orientar sobre o assunto.
A doença ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente – o hormônio que controla a glicose no sangue e fornece energia ao organismo – ou quando o corpo não consegue mais utilizar de maneira eficaz a insulina que produz.
A glicose não é ruim. É o combustível de todas as células do corpo. Mas, para serem capazes de usar essa glicose, os diversos tecidos do corpo precisam da ação da insulina. As complicações da diabetes – em decorrência da deficiência desse hormônio – podem levar a ataques cardíacos, derrames, cegueira, insuficiência renal e à amputação do pé ou da perna.
O médico endocrinologista João Antônio Fernandes Oliveira explica que a grande causa da diabetes é o excesso de peso. “É uma doença bem perigosa; pois, normalmente, não apresenta sintomas. Mas, eles estão lá. 50% das pessoas não percebem quando a doença se instala; mas, sentir muita sede, fraqueza, diurese excessiva, vista embaçada, perda de peso, podem indicar que a diabetes está chegando”, comenta.
Segundo o endocrinologista, a dica de ouro é manter hábitos saudáveis. “É fundamental procurar um médico ou nutricionista para orientação de como manter uma dieta adequada, praticar atividade física de intensidade moderada, ao menos por 30 minutos por dia”, ressalta.
A diabetes é uma doença crônica perfeitamente controlável, conforme o profissional, e, quanto mais cedo for diagnosticada e a redução dos fatores de risco intensamente trabalhada, outras complicações poderão ser evitadas.
O dia
O dia foi criado em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) junto à Organização Mundial de Saúde (OMS) com o objetivo de conscientizar a todos sobre os problemas associados à doença, como alta mortalidade por doenças cardiovasculares, AVC, insuficiência renal, perda da visão, alteração de sensibilidade nos membros inferiores e consequentes úlceras e amputações.