Evair de Melo no PP, só com Bolsonaro

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A permanência do deputado federal Evair de Melo no Progressistas (PP) nunca foi tão incerta. E por dois motivos: um pela insatisfação interna ao parlamentar; outro, por aguardo da decisão do presidente da República, Jair Bolsonaro.

Em breve conversa com Evair, ele disse afirmou que irá se filiar no mesmo partido que Bolsonaro assinar a ficha. Ainda não se sabe para onde o presidente vai. Estão mais próximos o Patriota, PP e Partido da Mulher.

Sobre a insatisfação interna a Evair dentro do Espírito Santo, a história está escrita nos bastidores. Antes de adentrar o estado, o presidente nacional da sigla, senador Ciro Nogueira, já tinha o deputado entalado na garganta por ele não votar de acordo com as orientações enviadas à banca progressista no Câmara dos Deputados.

O ‘caldo entornou’ quando da votação sobre o aumento do valor do fundo eleitoral em 2019. Evair votou contra o projeto, deixando de seguir, mais uma vez, a sinalização do partido. A informação é de que Ciro decidiu por multar o PP capixaba em R$ 3 milhões em razão da desobediência de Melo.

A penalidade foi sentida internamente e reclamada, uma vez que o prejuízo seria todo e exclusivo para a base. E assim foi. Na campanha eleitoral do ano passado, os candidatos receberam verbas reduzidas do partido, em comparação ao que esperavam.

Além disso, muitos candidatos capixabas majoritários experimentaram o ódio após Evair de Melo apoiar concorrentes à prefeitura de outras siglas. Um exemplo mais próximo disso foi em Cachoeiro de Itapemirim, onde Evair apoiou a candidata a prefeita Renata Fiório (PSD) em detrimento da também advogada Fayda Belo, do PP.

Presidir o PP, por exemplo, substituindo Marcus Vicente, atual Secretaria de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, seria uma queda de braço desfavorável para o deputado – principalmente por falta de base dentro do partido. Só seria possível num arranjo em que o presidente Bolsonaro se filiasse no Progressistas. Aí, sim, Evair, que é vice-líder do governo federal na Câmara dos Deputados, poderia credenciar um know político.

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