O crescimento no número de evangélicos no Brasil é uma realidade. O fato é comprovado por levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e os valores da religião ascenderam, até mesmo, ao cenário político nacional contribuindo, de certa forma, para o êxito eleitoral de Jair Bolsonaro (PSL), diplomado como presidente da República para assumir a próxima legislatura. Isso, porque, o político, enquanto candidato, assumiu algumas bandeiras exclusivas dos evangélicos.
Os estudos periódicos do IBGE, que mostram as tendências estatísticas, preveem que até 2020 o Brasil não tenha mais a maioria da população católica. E com o país conectado, em escala considerável, nas redes sociais e com a adesão dos evangélicos a este meio de comunicação as antevisões técnicas podem se consolidar.
Em junho deste ano, o IBGE divulgou, com base no Censo 2010, que o número de evangélicos no Brasil cresceu cerca de 61,5 por cento em dez anos, com 16 milhões de novos fiéis. E as redes sociais é vista, por esses cristãos, como meio de ampliar a propagação da fé.
Matéria publicada pela Folha de São Paulo em outubro de 2017 trouxe que a igreja Universal do Reino de Deus já refletia a temática, inclusive com a seguinte indagação no site do império religioso do bispo Edir Macedo: “Como Jesus usaria as redes sociais?”: “Talvez, Ele postasse fotos da multidão reunida ao Seu redor, Seus milagres e até citasse as parábolas que já lemos no Novo Testamento.”.
Na mesma publicação, a editora de ‘Digital Religion: Understanding Religious Practice in New Media Worlds’ (Routledge, religião digital: compreendendo a prática religiosa do mundo das mídias sociais), Heidi Campbell, disse que “denominações, agora, até treinam missionários on-line, mesmo as mais tradicionais”.
Cachoeiro
Em Cachoeiro de Itapemirim, há um exemplo da utilização das redes sociais neste sentido. Trata-se da missionária Leidiane Terra, de apenas 17 anos, com o projeto ‘Resgatando Almas’. A pouca idade contrasta com o seu poder de oração e mais ainda com o público de fieis – ela já chegou a reunir on-line, na tela do computador ou de celulares: até 1 mil pessoas. Os compartilhamentos ultrapassam essa milhar.
Para acessá-la, basta clicar aqui. Ela também tem canal no Youtube e no Instagran: @leidi_tera. A reportagem do site Em Off fez entrevista com Leidiane sobre o tema. Confira abaixo:
– Em Off Notícias: Quais são os pontos positivos de levar o evangelho através das redes sociais?
Leidiane Terra: Como ponto positivo, é que almas que estão abatidas e tristes encontraram no vídeo uma palavra profética de ânimo e força. Resumindo: almas se rendem aos pés do Senhor.
– Acredita ter convertido pessoas pela internet?
Sim, muitas almas convertidas e que contam testemunhos.
– Qual a média de público atualmente nas transmissões ao vivo?
Depende muito do dia e horário e da disponibilidade das pessoas. Já acostumei com um público de 1 mil pessoas; atualmente, umas 300 a 500.
– Quais os dias e horários?
Segunda a sábado, consagração da manhã às 10h. Segunda e sexta, culto ao vivo às 22h.
– Como teve a ideia de pregar pelas redes sociais e como foi o começo?
A ideia de pregar pelas rede sociais foi da minha mãe, que sempre me apoiou e que está sempre ao meu lado. O começo de tudo foi bem difícil, pois comecei com um público bem pequeno: cerca de 15 pessoas. Porém, persisti, com um propósito de ganhar mais almas.
– O fato de ser nova e, por isso, mais relacionada com as novas tecnologias contribuiu para utilizar a internet para propagar a fé?
Sim, contribuiu e muito. E a cada inovação de tecnologias, mais ideias novas eu possuo para ajudar todas as pessoas pela internet.