A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Espírito Santo (FCDL-ES) enviou carta à imprensa se posicionando contra a quarente de 14 dias que proíbe a abertura do comércio como forma de conter o avanço da propagação da Covid-19.
O presidente da FCDL, Celso Costa, disse ser favorável à abertura das lojas, respeitando as normas de prevenção ao novo coronavírus.
“É de conhecimento geral que o comércio é o maior empregador em nosso Estado. Também não é nenhuma novidade que o comércio vem seguindo rigorosamente os protocolos de saúde pública determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), garantindo, assim, o funcionamento de suas atividades de forma segura e consciente”, diz Celso na carta.
“Tal medida só contribuirá para o agravamento da crise econômica do nosso Estado e consequentemente para a quebra de alguns estabelecimentos e o aumento do desemprego”.
“Entendemos que se toda a máquina pública, agora utilizada para fiscalização do comércio, fosse voltada para combater as aglomerações desnecessárias, não chegaríamos ao estágio atual”, avalia.
No documento, Costa faz algumas indagações. “Onde o risco de contaminação é maior: no comércio onde as pessoas utilizam máscaras, onde existe álcool gel para higienização das mãos, onde é limitado o número de pessoas a serem atendidas, onde existem as marcações de distanciamento ou no transporte público, onde os veículos andam superlotados, onde não é respeitado o uso de máscaras?”.
Celso reforça a importância econômica do comércio para o estado e que o setor “precisa da atenção estatal com alguma contrapartida para minimizar as perdas enfrentadas com a pandemia”.
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