Gestão técnica no setor público

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Tatiana

Nada como uma mudança robusta de cenário para influenciar o contexto público! Após a avalanche de operações anticorrupção, a indicação de nomes à cargos de confiança com perfil gestor e técnico tornou-se uma estratégia para resolver as inconsistências deixadas pela má conduta de pessoas que se valeram de sua posição em benefício próprio, maculando instituições públicas que se esforçam agora para recuperar sua reputação junto à população e ao mercado.

Um exemplo de como o perfil técnico de um gestor influencia no contexto geral das coisas, é a passagem de Pedro Parente pela Petrobrás, que apesar de ter enfrentado duras críticas da população em geral e de agentes contrários ao governo atual quanto à política de preços praticada pela estatal, é bem quisto por especialistas que consideram ter sido essa uma alternativa modelada e necessária à sua recuperação. Quem acompanhou, deve ter notado os desdobramentos no mercado financeiro, com impacto nas ações da estatal, que perdeu lugar no ranking das companhias mais valiosas do país, além de ter seu valor de mercado reduzido em cerca de 120 milhões, após a saída de Pedro Parente.

O perfil do ex presidente da estatal é considerado majoritariamente técnico, tendo o mesmo imposto como condição para assumir o cargo a não interferência política. Na época – 2016 – o ex gestor assumiu a Petrobrás após a saída de Aldemir Bendine – preso pela Lava Jato – encontrando a companhia endividada há quatro anos, com um prejuízo de R$ 1,2 bilhão. Na sua gestão, além do recuo e equacionamento da dívida, Parente recuperou o caixa da estatal, mas ao menor sinal de interferência política, renunciou à presidência, deixando um lucro líquido de R$ 6,9 bilhões no primeiro trimestre de 2018.

O mercado respondeu imediatamente à sua saída, e o valor da companhia caiu de 388 bilhões para 231 bilhões de maneira instantânea. Visando manter o equilíbrio que Parente conseguiu trazer à Petrobrás, a alternativa foi a escolha de Ivan de Souza, Diretor Executivo da área financeira da companhia e conhecido no mercado como alguém de “perfil extremamente técnico”

Trazendo ao nosso patamar, quem ai não ouviu na última campanha candidatos ventilando o termo “gestão técnica” aos quatro cantos? Na onda dos últimos acontecimentos, onde a população impelida pela movimentação dos órgãos de controle contra os atos de corrupção está cada vez mais exigente, pode-se notar maior cautela dos investidores à cargos públicos em se envolver com agentes meramente políticos. Ganho para nós cidadãos!

Obviamente, a interlocução política é importante aos gestores de perfil técnico, uma vez que, partindo do princípio da boa-fé, os agentes políticos são os primeiros a prezar pela supremacia do interesse público. Ainda assim, para chegarmos ao melhor nível possível na gestão pública, em resposta as mudanças que afetaram as novas situações do setor governamental, é necessária uma revisão de conceitos, a qual foi iniciada pela população cansada de ficar à mercê de amadores.

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