O Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), divulgou, na manhã de quarta-feira (21), o plano de contingência que será empregado a partir desta quinta-feira (22) nas regiões de divisa entre o Espírito Santo com Rio de Janeiro e Minas Gerais. O plano foi apresentado pelo secretário André Garcia, pelo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Nylton Rodrigues, e pelo chefe de Polícia Civil, delegado Guilherme Daré. Drones e helicópteros também serão utilizados diariamente para o monitoramento.
O plano de contingência tem como objetivo inibir eventuais deslocamentos de grupos criminosos do Estado do Rio de Janeiro para o Espírito Santo. Entre as ações que serão realizadas estão abordagens de veículos e pessoas em fundada suspeita.
Serão oito pontos de bloqueio ao longo do trecho de divisas, entre eles a BR-101. Mais de 150 policiais serão empregados diariamente, com policiais militares e civis da Região Sul e também efetivo especializado da Grande Vitória. Serão também utilizados helicópteros, drones e 40 viaturas.
Haverá ainda troca de informações entre as equipes de inteligência dos estados e entre as forças de segurança, como o Exército Brasileiro, responsável pela intervenção federal no Rio. O secretário André Garcia ressaltou, porém, que são medidas preventivas.
“Serão utilizadas várias unidades, na região de divisas, como as Forças Táticas, CIMEsp, Cavalaria, GOT. Os recursos que serão empregados não vão afetar o patrulhamento na Grande Vitória. Inicialmente serão dois meses e meio de operação, para começarmos a avaliar os resultados. Mas nada vai impedir a ampliação das ações. Importante frisar que não foi nenhuma movimentação de criminosos que nos levou a criar o plano. Pelo contrário, estamos nos organizando preventivamente para proteger os capixabas”, explicou o secretário.
Segundo o chefe da Polícia Civil, delegado Guilherme Daré, a PCES seguirá o planejamento integrado da Sesp e empregará diversas unidades especializadas da capital em apoio às Delegacias do Sul do Estado.
“Estarão engajados policiais do Grupo de Operações Táticas (GOT), da Delegacia de Repressão aos Crimes Eletrônicos (DRCE), da Divisão de Repressão aos Crimes contra o Patrimônio (DRCCP), da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) e da Delegacia Especializada em Tóxicos e Entorpecentes (Deten) em ações nas divisas. A coordenação das operações da PCES ficará a cargo das Superintendências de Polícia Especializadas, de Ações Estratégicas e Operacionais e da Regional Sul, com suporte da Assessoria de Informações para as equipes de campo. Além disso, reforçaremos os plantões nas Delegacias Regionais do Sul para atendimento de ocorrências geradas durante as atividades”, antecipou o chefe de polícia.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Nylton Rodrigues, destacou a importância da inteligência na elaboração do plano de contingência, do empenho do Governo do Estado em estabelecer segurança e ordem no território capixaba.
“Serão pontos flexíveis. O nosso planejamento é baseado em inteligência policial e é essa inteligência que nos indica onde atuar com mais intensidade, onde a ação será mais eficiente. Além desse quantitativo de 80 policiais fazendo pontos de bloqueios, teremos agentes de inteligência militar monitorando estes pontos, teremos aeronaves patrulhando as divisas e, ainda, drones que serão utilizados nesta Operação Divisa Segura. Só lembrando que essa é uma medida de antecipação, de prevenção, justamente para que possamos garantir a tranquilidade da população”, finalizou.