Dezembro, época de festas, pessoas andando pelas ruas em busca das lembrancinhas de Natal e com os preparativos para as celebrações. E com tantas tarefas muita gente se esquece de um grande risco que está correndo com a exposição ao sol excessiva e sem proteção: o câncer de pele.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, o câncer de pele é o tipo de câncer mais frequente e corresponde a cerca de 25% de todos os tumores diagnosticados em todas as regiões geográficas.
Os principais tumores têm sua patogênese relacionada à exposição crônica ao sol. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) desenvolve, desde 2014, a campanha do Dezembro Laranja com o intuito de reforçar sobre a importância de prevenção e diagnóstico precoce.
Sob o slogan “Se exponha, mas não se queime”, pretende conscientizar e educar as pessoas sobre os riscos da doença. A mensagem visa atingir, sobretudo, quem trabalha sob o sol ou ao ar livre, bem como as pessoas em seu cotidiano profissional e em momentos de lazer.
O médico radio oncologista do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim (Heci), Bruno Resende, explica que a maior incidência é entre as pessoas branca, mas pode também acometer todas as outras raças.
“Geralmente o surgimento da doença está ligada a anos de exposição solar, precisamos iniciar a prevenção na infância e diariamente através de protetor solar e evitando a exposição entre 10h e 16h”, aconselha.
Tratamento
O tratamento do câncer de pele pode ser com cirurgia e/ou Radioterapia. A maioria dos casos no Brasil é operada, ficando para a Radioterapia os tumores com localização de difícil acesso cirúrgico, paciente que tenha doenças crônicas que impeçam a intervenção cirúrgica ou tumores avançados que não possam ser operados adequadamente. O setor de radioterapia do Heci possui alta tecnologia capaz de realizar atendimentos a pacientes com câncer de pele quando há indicação.
O hospital é referência no diagnóstico e tratamento de câncer em todo sul do Espirito Santo e em 2017 tratou cerca de 100 casos, entre cirurgia e/ou radioterapia deste tipo de câncer. Até o momento, já foram cerca de 90.
Estes números, segundo o médico Bruno, são preocupantes, uma vez que vivemos num país tropical, onde a incidência do câncer de pele é muito alta. “A prevenção é o filtro solar. Todo mundo devia usar. Isso devia estar na prática corrente de todos os brasileiros”, comenta.