Humana, Cachoeiro presta as honras em vida

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O Cachoeirense Presente, Winston Roberto; prefeito Victor Coelho e o Cachoeirense Ausente, Acácio Frauches

A cada reflexão é possível mergulhar um pouco mais neste oceano de mistérios que conserva a liturgia de ser cachoeirense. Como sabemos, quem é de fora e ouve sobre nós, conforta-se em utilizar a palavra ‘bairrista’ para nos classificar. Só que não é apenas isso; tem religiosidade, cumplicidade, devoção, proteção e quase um espírito nacionalista – pouco visto pelo país afora.

Quem nasceu em outra cidade e mora aqui já se sente ‘filho da terra’ e, talvez, busque, sorrindo, entender como Cachoeiro de Itapemirim o seduziu. Não é por menos que temos neste ano como Cachoeirense Presente nº 1 um ‘filho da terra’ nascido em Muqui: o empresário Winston Roberto Machado, que se dedica, de forma voluntária, a salvar a vida de crianças da cidade e adjacências à frente do Hospital Infantil.

Cachoeiro de Itapemirim teve participação fundamental para o crescimento econômico, cultural e intelectual do Espírito Santo. À época da pujança, todos os itens frutos da modernidade nacional e mundial era visto pela cidade, devido à proximidade com a então capital do país Rio de Janeiro. Não é à toa que passava bondinho na praça Jerônimo Monteiro, a energia elétrica chegou por aqui mais cedo, entre outras vantagens proporcionais à importância do município no contexto geral.

O resultado de toda aquela evolução misturado com o espírito humanitário dos cachoeirenses certamente vigora ainda nas gerações atuais. Há 110 anos, foi criado em Cachoeiro o Centro Operário e de Proteção Mútua para defender os direitos dos trabalhadores, valorizar o suor do próximo; isso em uma época que não existia sindicalismo no Brasil. Prática exclusiva à proteção mútua.

Por diversas razões, o ‘poderio econômico’ local se esvaiu; mas a necessidade de evolução virou instintiva e se associou ao lado humano. Há 75 anos, foi incluso no calendário da cidade uma festa, que dura mais de uma semana, unicamente para declarar o amor que Cachoeiro tem por seus filhos – e não há ódio que não se transforme em amor neste período.

É um evento que rega em cada um valores que jamais podem morrer, como se alegrar com a felicidade alheia, por exemplo. Quem esteve no centro operário, que hoje protege boa parte da essência mútua cachoeirense, na sexta-feira (23), com certeza se emocionou com os sorrisos e as lágrimas – atuando como amantes – do ator Acácio Moraes Frauches, o nosso Cachoeirense Ausente nº 1. Sentimento este que invade até quem não conhece o homenageado, que, em poucos minutos, transforma-se em irmão diante da gestação de Cachoeiro.

Em um país onde muitos esperam o outro morrer para falar que ama ou para reconhecer outros valores; Cachoeiro de Itapemirim – como sempre, pioneira – tem um dia para comemorar a sua emancipação política e outro somente para honrar quem tem honra, permitindo somente o exercício do amor. A ideia só poderia ter vindo de um poeta, mesmo. Tenho orgulho de ser cachoeirense.

 

* Confira a programação da Festa de Cachoeiro clicando aqui)

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