Dedicação, carinho e amor pela profissão são qualidades vistas diariamente nas salas de aulas da rede estadual de ensino. Professores apaixonados pelo que fazem, que vão além do ensinar e aprender, profissionais que ajudam a mudar a história dos jovens estudantes capixabas.
Atualmente, na rede estadual de ensino, atuam 16.511 professores nos Ensinos Fundamental, Médio, Profissionalizante e na Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Para a professora do Núcleo de Atividades e Altas Habilidades/Superdotação (Naahs) Margareth Brício ser professor “é incentivar e ampliar o saber do outro, é acreditar no potencial criador e levá-lo a transpor as barreiras da cognição em um desempenho amoroso”.
Já para a professora de Língua Portuguesa da Escola Estadual Prof. José Renato da Costa Pacheco, Mara paixão, ser professor é “ser engajado na busca de alternativas para uma educação brasileira de qualidade, e esse engajamento exige muito preparo, pesquisa e dedicação do docente. Ser professor não é apenas compartilhar conhecimento, ou seja, não exige apenas o desenvolvimento cognitivo, mas sim, habilidades socioemocionais que possibilitam uma atuação mais efetiva e próxima do sujeito em construção, que são nossos alunos”.
Nas unidades Escola Viva, os professores não são meros agentes transmissores de conhecimento. Eles exercem o papel de articuladores entre o mundo acadêmico, as práticas sociais e a realização dos projetos de vida dos estudantes, cujas práticas cotidianas, planejadas e apoiadas pela equipe escolar, irão conduzi-los ao exercício das competências fundamentais para a construção dos seus projetos de vida.
Os professores não atuam só nas disciplinas exercidas, eles também atuam com a “tutoria”, que faz parte da metodologia do Programa Escola Viva. Na tutoria, cada profissional é responsável por um grupo de alunos, e são os próprios estudantes que escolhem um professor tutor, no início do ano letivo. O profissional tem o papel de acompanhar o desenvolvimento do aluno, observando se ele está indo bem nas outras disciplinas, se está feliz, se tem algum projeto que ele possa ajudar a desenvolver, entre outros.
“É muito bom encontrar diariamente o olhar curioso dos jovens por mais conhecimento e mais motivação, em torno de seu Projeto de Vida. Poder preparar esse jovem para um mundo melhor, com mais tolerância e consciência de respeito à coletividade, promovendo a ética e a solidariedade. Isso é muito gratificante”, ressalta a professora de História e Projeto de Vida da Escola Viva São Pedro, Juliana Borém.
Para o professor de Inglês e Projeto de Vida da Escola Viva Presidente Castelo Branco, em Cariacica, Felipe Guasti, “ser professor é uma tarefa árdua e gratificante. Árdua, pois temos muitas variáveis para levarmos em conta para fazer o nosso trabalho. Entretanto, fazer o trabalho com empenho e dedicação nos leva a resultados concretos e absolutos que é a materialização do esforço por meio da consolidação e concretização dos projetos de vida dos alunos. Nada é mais gratificante do que saber que eles conseguiram ultrapassar todas as barreiras e alcançaram os seus sonhos”.
História da data
A origem do dia do professor se deve ao fato de o Imperador D. Pedro I ter instituído um decreto que criou o Ensino Elementar no Brasil, no dia 15 de outubro 1827, com a criação das escolas de primeiras letras em todos os vilarejos e cidades do país. Além disso, o decreto estabeleceu a regulamentação dos conteúdos a serem ministrados e as condições trabalhistas dos professores.
Tempos depois, mais precisamente no ano de 1947, o professor paulista Salomão Becker, em conjunto com três outros profissionais da área, teve a ideia de criar nessa data um dia de confraternização em homenagem aos professores e também em razão da necessidade de uma pausa no segundo semestre, até então muito sobrecarregado de aulas. Mais tarde, em 1963, a data foi oficializada pela lei Decreto Federal 52.682, que, em seu Art. 3º, diz que “para comemorar condignamente o dia do professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo delas participar os alunos e as famílias”.