Após os ataques direcionados à Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim feitos pelas redes sociais, um grupo de médicos do Corpo Clínico decidiu, em reunião realizada na noite da última segunda-feira (1), divulgar uma carta aberta à população em apoio ao hospital e também para reforçar que não compactuam com esse tipo de comportamento.
As críticas à cúpula do nosocômio são de iniciativa do médico e ex-vereador Robertinho Bastos. Ele defende a manutenção da maternidade e acusa ser de responsabilidade da direção da casa de saúde o fechamento do setor. Inclusive, nesta tarde (2), Bastos utilizou a tribuna da Câmara Municipal para ampliar a questão.
“Opiniões compartilhadas nas redes sociais são estritamente pessoais e que não representam o pensamento do corpo clínico, já que não fazem parte da realidade vivida por quem trabalha e se dedica na defesa da instituição”, diz um trecho da carta.
No documento, eles também reafirmam seu compromisso com a gestão do hospital e garantem que os ataques sobre a transferência da maternidade são injustos e não correspondem com a realidade.
“Apesar dos ataques injustos deferidos contra o superintendente, afirmamos com certeza que o padre Evaldo Ferreira é incansável na luta por manter esta instituição aberta e prestando todo o socorro que a população necessita”.
Confira a nota na íntegra:
CARTA ABERTA À POPULAÇÃO
Nós, médicos do corpo clínico da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim ficamos surpresos ao tomar conhecimento de notícias e inverdades publicadas em redes sociais por um colega médico, com o objetivo de atingir a imagem de uma instituição que há quase 120 anos presta serviços de qualidade à população do Sul do Estado.
Diante da repercussão negativa, viemos a público afirmar que não compactuamos com esse comportamento e acreditamos no comprometimento dessa gestão em oferecer sempre o melhor atendimento aos pacientes.
Por meio desse manifesto, reconhecemos o papel da Santa Casa de Misericórdia na sociedade e sua importância no acolhimento e no cuidado dos necessitados que ali chegam em busca de socorro 24 horas por dia.
É verdade que a luta para manter as portas abertas é grande e mesmo convivendo com recursos limitados para tamanha demanda, a Santa Casa jamais negará assistência médica a quem precisa.
Reafirmamos que NÃO PROCEDE a informação de que mulheres ficaram desassistidas após a transferência da maternidade para o Hospital Materno Infantil São Francisco de Assis.
As mulheres continuam sendo atendidas naquela unidade com todo o carinho que necessitam. A transferência do serviço cumpriu uma determinação da Secretaria de Estado da Saúde (SESA) que visa à abertura do Hospital Materno-Infantil no bairro Aquidaban, englobando e melhorando o atendimento às gestantes em sua totalidade.
Os médicos do corpo clínico prestam total apoio à Santa Casa, e reafirmam seu compromisso com essa instituição.
Sabemos dos sacrifícios feitos pela direção para atender bem à população. Por isso, destacamos ainda o empenho e a união de médicos, do superintendente Padre Evaldo Ferreira, conselho deliberativo, diretores clínico e técnico, além dos demais funcionários para fazer do hospital uma referência em atendimento de qualidade para 27 municípios do Sul do Estado.
Mais uma vez esclarece que opiniões compartilhadas nas REDES SOCIAIS são estritamente pessoais e que não representam o pensamento do corpo clínico, já que não fazem parte da realidade vivida por quem trabalha e se dedica na defesa da instituição.
Apesar dos ataques injustos deferidos contra o superintendente, afirmamos com certeza que o padre Evaldo Ferreira é incansável na luta por manter esta instituição aberta e prestando todo o socorro que a população necessita.
Assinado
Dr. Rogério Santos Pacheco
Dr. Manoel Antônio Freitas
Dr. Gastão Rosa Filho
Dr. Elias Garcia de Oliveira
Dr. Alcides Barata Filho
Dr. Lauro Evaristo Bueno
Dr. Thiago Fernandes Nora
Dr. Raphael Fernandes Luzorio