As obras de extensão da rede de água tratada no distrito de Conduru, em Cachoeiro de Itapemirim, iniciadas em abril, já deixam os moradores cheios de expectativas pelas melhorias a serem proporcionadas na qualidade de vida. As obras, realizadas pela BRK Ambiental, concessionária de água esgoto, na comunidade conhecida como Km 9, fazem parte do 11º aditivo firmado pela Prefeitura Municipal, em junho do ano passado, com o objetivo de levar água tratada de qualidade para mais localidades do município.
Segundo o gerente Operacional da BRK Ambiental em Cachoeiro de Itapemirim, Jocimar de Assis Alves, a obra, que já avançou por 1,3 quilômetro, tem previsão de ser concluída até o mês de setembro. “Os trabalhos ocorrem em um trecho de estrada de chão, com a construção de uma rede em Polietileno de Alta Densidade – PEAD, um dos materiais mais modernos para este tipo de serviço. Além da rede, diversos acessórios são incorporados ao sistema, como oito descargas, para manter a qualidade da água no interior da tubulação durante manutenção corretiva no sistema, e cinco ventosas, para proporcionar o enchimento correto da rede e evitar transientes hidráulicos”, destaca.
A necessidade de receber água tratada no local aumentou quando nascentes e poços artesianos utilizados pelos moradores começaram a secar, exigindo do município reforçar o abastecimento por meio de carro-pipa. Essa rotina foi confirmada pelo morador Claudiomar Pereira, de 37 anos, que mora no Km 9 com a esposa. Ele conta que adquiriu uma caixa de 5.000 litros para armazenar a água recebida dos carros-pipa, que é compartilhada com mais cinco residências de familiares.
“A água da caixa maior é distribuída para outras cinco caixas de 500 litros. Já tentamos fazer um poço, mas não deu certo. Tenho duas tias que compraram um terreno aqui e já estavam desanimando por causa da dificuldade do abastecimento. Quando a água encanada e tratada chegar, tudo vai melhorar”, diz.
O aposentado Ilton Gomes Neves, que reside na localidade desde que nasceu, há 66 anos, comenta que ainda pode contar com a água de poço artesiano na sua propriedade, porém, está não é a realidade de muitos vizinhos seus. Segundo ele, muitas famílias precisam usar a água nas suas atividades de forma racionalizada para não ficar sem até o retorno do carro-pipa, que passa duas vezes por semana. Atuando em sua propriedade com plantio de café e pastagem, ele aguarda com expectativa o momento de também ter água potável de qualidade nas torneiras, além de apostar na valorização dos imóveis na região.
Quando finalizada a obra do Km 9, serão 5.152 metros de rede na comunidade, que atenderão a 64 famílias.
Além do Km 9, de Conduru, a BRK Ambiental também realiza a construção de 8.839 metros de nova rede de água em Timbó I. Atualmente, a concessionária aguarda a extração de pedras encontradas sob o solo para dar continuidade à implantação das redes. “Pelas características do solo de Cachoeiro de Itapemirim, às vezes, vivenciamos alguns contratempos que dificultam a construção da rede e fazem com que esses serviços exijam tecnologias adequadas em determinados trechos. Esse foi o caso de Timbó I”, destaca o gerente Operacional Jocimar de Assis Alves.
Até o final deste ano, será construída também rede de água de 735 metros em Alto Gironda, localidade que é abastecida por meio de carros-pipa ou utiliza manancial local. O diretor da BRK Ambiental, Bruno Ravaglia, afirma que a ampliação da rede de água tratada para localidades mais distantes da área central de Cachoeiro de Itapemirim foi incorporada às áreas ao contrato de concessão dos serviços de água e esgoto por meio da modalidade de subvenção para investimentos, que desonera o município da incidência de tributos sobre os custos das obras.
“Esta parceria da BRK Ambiental com a Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim permite que os grandes beneficiados sejam os moradores das localidades que passarão a ter acesso à água tratada de qualidade diretamente em suas torneiras para as atividades diárias, com mais comodidade e especialmente mais saúde para as famílias. A região também ganha com a valorização imobiliária e condições para um crescimento mais organizado e sustentável”, conclui.