O conto da transparência

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Luciano

Às vezes, ao me deparar com algumas declarações, tenho a leve impressão de que a vida, para algumas pessoas, é uma peça. A partir daí, a gente realmente enxerga que uma ‘mentira’ bem contada é uma ‘verdade’ com os dias contados. E mais: que dar transparência ao que lhe é interessante nunca deixa às escuras para sempre o que foi ocultado.

 

Em uma publicação nas redes sociais, para defender que a sua mais nova nomeação não é ficha-suja, o prefeito Victor Coelho (PSB) – semelhante ao que fez com a informação do aumento salarial dos secretários (primeiro desmentida e depois omitida) – escondeu o artigo primeiro da lei que está prestes a sancionar, uma vez que é este o trecho que proíbe o ingresso do ex-prefeito de Guaçuí, Luciano Machado, ao cargo de secretário.

 

O artigo 1º do projeto de lei nº 14 – passou a ser 27 quando chegou à Câmara – diz o seguinte: “São vedadas as nomeações e a manutenção de servidores para quaisquer cargos declarados de provimento em comissão ou designados para ocupar função gratificada na Administração Direta e Indireta do Poder Executivo Municipal que tenham sido condenados por decisão judicial de órgão colegiado.”.

 

Para quem não sabe, Luciano está condenado por decisão judicial de órgão colegiado (Autos de n.º 020.07.002579-4), na qual, além de multas, teve a suspensão dos direitos políticos pelo prazo de três anos.

 

A condenação aconteceu em abril do ano passado – ela não vigora, por enquanto, devido a recurso para levar o processo à 3ª instância. Com isso, Machado tem as certidões para ocupar cargo público em qualquer lugar do país, com exceção de Cachoeiro de Itapemirim, onde é ficha-suja, por conta da lei de Victor Coelho.

 

Lembrando: o principal artigo da lei da ‘Ficha Limpa’ municipal, a que Victor tanto se orgulha, até pelo ineditismo, não estava na publicação feita por ele nas redes sociais. Por que será?

 

Antes mesmo de desrespeitar a própria lei (a não ser que a altere para continuar a encenação), o prefeito de Cachoeiro traiu a própria convicção daquilo que externou acreditar como probo.

 

Trair aquilo que acredita é algo que nenhuma criança faria, por causa da pureza que a impera, que não a deixa sucumbir para atender a acordos desconhecidos daqueles que nela confiaram.

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