OMS contraria pesquisas sobre transmissão por assintomáticos

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O posicionamento recente da Organização Mundial de Saúde (OMS) cria mais um conflito de informações, desta vez a respeito do contágio do novo coronavírus. A afirmação é de que a propagação do vírus através de pacientes assintomáticos é “muito rara”, o que contraria pesquisas já realizadas. Atualmente, o mundo debate também a eficiência ou não da cloroquina já início da detecção da doença.

A infectologista e chefe do departamento de doenças emergentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, disse ontem (8) que os dados levantados até agora mostram que pessoas que não apresentam os sintomas da doença possuem pouco potencial infectológico para contaminar indivíduos saudáveis.

De acordo com a especialista, deve haver esforços dos governos para identificar e isolar pessoas que apresentam sintomas. Já um estudo realizado pelo Chinese Center for Disease Control and Prevention, em março deste ano, apresentou o contrário.

Foram coletadas amostras nasais e de garganta em 18 pacientes contaminados por SARS-CoV-2. A pesquisa encontrou alta carga viral concentrada nas amostras nasais, mais do que nas da garganta; no entanto, sua maior descoberta estava relacionada aos sintomas dos pacientes.

Dentre os 18 participantes, o estudo observou apenas um paciente assintomático. Apesar disso, a carga viral detectada neste único paciente foi semelhante à dos pacientes sintomáticos, o que sugere que o potencial de transmissão de pacientes sem sintomas, ou minimamente sintomáticos, pode ser igual ao de pacientes com sintomas.

Em outra pesquisa, feita em abril, o grupo coletou amostras de saliva e de cuspe de 80 pacientes contaminados por SARS-CoV-2. As amostras analisadas foram coletadas diariamente durante 16 dias, contando como primeira amostra aquela retirada um dia antes dos pacientes apresentarem sintomas.

Os resultados encontraram que entre o dia 1 até o dia 8, uma alta carga viral foi detectada, o que sugere que nesse período os pacientes apresentavam mais chance de contaminar outras pessoas. Já a partir do dia 9, esta carga foi diminuindo ao longo do período, ainda que uma minoria dos pacientes tenha apresentado cargas virais ainda mais altas depois do dia 10.

Os levantamentos científicos foram repercutidos pelo Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor), do Rio de Janeiro. Os achados, segundo o instituto, reiteram que a transmissão do novo coronavírus pode ocorrer logo no início da infecção, em pacientes com ou sem sintomas, e sugerem que o combate ao SARS-CoV-2 pode exigir estratégias muito diferentes daquelas utilizadas contra o SARS-CoV, 17 anos atrás.

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