Não são poucos os partidários insatisfeitos com as ‘sub-amarrações’ feitas por suas siglas, a partir das coligações estabelecidas, para a disputa dos cargos proporcionais – as chamadas ‘pernas’. Nestas, há composição de partidos que, em tese, favorece somente os ‘figurões’ já detentores de mandato em detrimento daqueles com pouca densidade ou que labutam o voto pela primeira vez.
Pelo cenário que se arrasta há décadas, o time dos agraciados tem como ‘titulares’ os políticos da Grande Vitória e do norte do estado; no banco, os sulinos. Por isso, os candidatos da parte debaixo do nosso mapa entraram em ‘pernas’ onde há, por exemplo, concorrentes que tiveram mais de 100 mil votos na última eleição para federal e outros, aí orbitando.
No entanto, na política eleitoral – como se sabe -, os votos de outrora não são ponto de partida. E recai sobre essa questão o ponto alto da mudança de comportamento do eleitorado na sua visão sobre a política. E esta ojeriza pelo o que está posto faz muitos ‘figurões’ sentirem o desejado novo mandato escorrer entre os dedos.
O país vive o ápice da insatisfação contra a classe política. E não há como negar o quadro preocupante do resultado deste cenário, considerando sempre que tal ciência estabelece o regramento da vida nação. Intui-se o crescimento exacerbado das abstenções, junto aos votos nulo e branco; além de acender uma faísca no fim do túnel para os candidatos menos expressivos – cuja estatura incluem-se a minoria do sul doestado.
O fragmento luminoso citado se justifica pelo considerável engajamento da militância em torno dos grandes ‘craques’ que os partidos têm em campo. Mas, aí sim, a política naturalmente sempre apresentou uma possibilidade padrão: o de 1% virar 100%.
É claro que neste jogo, como em quaisquer outros, não há como combinar antes com o eleitorado. Porém, dentro da melhor análise, fortalece-se o percentual daqueles que, alicerçados pela esperança, persevera em inovar. E com o ingresso crítico da massa no ambiente político, acredito que bruscamente pelas vias das redes sociais, teremos inovações qualificadas dentro de um futuro próximo. A começar por este pleito; embora, no todo, ainda muitos agentes desta revolução não acordaram do ostracismo para ampliar as opções.