Pandemia de pré-candidaturas tem curva achatada em Cachoeiro

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Antecipando-se ao início do caos do novo coronavírus, a pandemia de pré-candidaturas à prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim teve o seu crescimento exponencial ainda em 2019 – ano mais político do que o atual, quando, teoricamente, acontecerá a eleição municipal.

No ano passado, o gráfico da ‘curva epidêmica’ pré-eleitoral era mais estreito no eixo horizontal e alongado no vertical. Mais de 10 nomes estavam postos como pré-candidatos a prefeito do município, considerando a condição natural para tentar a reeleição do atual mandatário Victor Coelho (PSB).

Mesmo com os cidadãos (ãs) ainda despidos (as) da condição de eleitores e o mercado político eleitoral em pleno isolamento social, novos casos surgiram neste ano, inclusive em aglomeração dentro de algumas siglas.

Numa observação superficial, é possível identificar que a maioria dos casos pré-confirmados (em respeito à legislação eleitoral) é assintomática. Ou seja, ninguém sabe de nenhum de seus sintomas: propostas, currículo, motivação, serviço prestado e competência ao que se propõe.

Em poucos casos, os sintomas se apresentaram com maior gravidade, através de ataques soltos (ou pontuais), porém, num diagnóstico geral, de extremo vínculo às conjunturas partidárias. Nada diferente da febre da política nacional que existe desde quando os pajés perderam espaço para o imperador.

Em contraponto à falta de vacina e à ausência de medidas restritivas, o atual gráfico da ‘curva epidêmica’ está mais bojudo no eixo horizontal e achatado no vertical – sinal de espalhamento lento da vontade de ser prefeito.

Ainda assim, o quadro é preocupante. Do total, dois casos foram ‘curados’: Alexandre Bastos (PV) e Bruno Ramos (PMN) abriram mão; o primeiro ainda em 2019; o outro, neste ano. A advogada Fayda Belo (PP) e o ex-superintendente do Ibama, Diego Libardi (DEM), unificaram o projeto.

Há disponíveis os nomes de Victor, do vice-prefeito Jonas Nogueira (PL); Fabrício do Zumbi (PDT); Renata Fiório (PSD); Jovelino Schiavo (PRTB); Izaias Júnior (PSDB); sargento Paulo Sergio (Patriotas); Joana Darck (PT); Breno Robles (Pros); José Tasso (MDB); no PSC tem Parraro Scherrer, Josué Batista e Joelmo Pontes. O PRB também tem um nome ‘encubado’.

Com a inexistência de ‘leitos ideológicos’ e com muitos ‘hospitais de campanha’ para ‘períodos pandêmicos’ – 14 nomes representam, no mínimo, um colapso consensual de um planejamento robusto, sustentável e eficaz para Cachoeiro.

O cenário também indica a falta de unidade política e denuncia uma ‘segunda onda’ do pior contágio para o próximo mandato: o da oposição por oposição. E Cachoeiro, há muito combalido pela pobreza per capita e que acaba de dar saltos olímpicos para trás no que diz respeito às finanças e economia, poderá ter o lockdown de qualquer governabilidade a partir de 2021. É torcer para que surja rapidamente uma vacina para este mal.

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