Peões do tabuleiro de xadrez: os servidores públicos

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Tatiana

Dia 28 de outubro é comemorado o dia do servidor público. Sim, temos um dia! São considerados servidores públicos todas as pessoas físicas que mantêm relação de trabalho com a Administração Pública, direta, indireta, autárquica e fundacional, que ocupam legalmente cargo ou função pública para prestar serviços à sociedade e ao Estado, visando o interesse público e o bem comum, exercendo as atribuições e responsabilidades previstas.

Em regra, são os servidores que efetivamente movimentam a máquina pública, mas também os principais agentes a sentirem os efeitos da mão pesada de governos com políticas partidárias que se sobrepõem às políticas públicas, aos processos eleitorais, às transições de governo, à falta de continuidade, às acusações de que agentes públicos são parasitas que não trabalham e só servem pata sugar o dinheiro público.

Tem a parcela da população que acha ainda que o fator permanente já é o suficiente para que os servidores não tenham nada mais a pleitear, já que o seu está garantido, considerando a estabilidade funcional, mas ignoram o resto.

Se antes havia determinado orgulho no exercício da função de Servidor Público, hoje esta premissa não pode ser amplamente comprovada em várias repartições. Isso porque os servidores estão sujeitos a julgamentos que perfazem a ideia de que os setores públicos são compostos por um bando de marajás, dispostos a não fazer nada e interessados apenas em seus direitos. Daí, sabe como muitos gestores reagem?

Com desrespeito, quando contam vantagem por contratar alguém super especializado por um salário de fome, sem sequer imaginar que está fomentando a prostituição de determinada classe profissional; com desvalorização, quando desmerecem pareceres técnicos, metodologias de trabalho, ações em andamento e nem se lembram do princípio da continuidade; com incompetência, quando forçam os servidores a correrem com demandas que deveriam ter sido planejadas e minuciosamente analisadas, porque preferem trabalhar apagando incêndio que pensar de maneira sustentável, afinal de contas, valem quatro anos, os demais, deixa pro próximo!

Há também aqueles que se esquecem que servidores públicos podem sofrer na pele denúncias de superfaturamento, improbidade administrativa, malversação do dinheiro público; que enquanto agentes pertencentes à administração pública só podem fazer aquilo que a lei permite.

Por outro lado, há aqueles que se lembram e usam servidores como peões num tabuleiro de xadrez. Os colocam na linha frente, avançando mais de uma casa, até que em certo ponto só podem avançar de uma por uma. Só que o peão, ao contrário das demais peças, não pode se mover para trás. Esse é o problema!

Vemos por ai ainda, a população se queixando da falta de estrutura do serviço público. Que vão a unidades de saúde e não tem determinado medicamento, que as carteiras das escolas estão quebradas, entre tantas outras coisas. Mas pensem vocês, como é trabalhar num local como esse?

Onde não tem caneta, nem papel, nem ventilador. Papel higiênico, dependendo, é artigo de luxo! Material de limpeza, basta cloro e cafezinho, aquele do meio da tarde que todo mundo costuma tomar, só se você levar o pó de casa.

Sim meus amigos, tem gente que tira leite de pedra e vocês não estão nem imaginando, quanto mais sabendo…

Para alguns servidores é tão difícil que chegam a pensar existir um esforço intencional para desacreditar o serviço público, para que ele deixe de ser atrativo para os melhores profissionais, por motivos como as baixas remunerações, as precárias condições de trabalho, a flagrante defasagem salarial e perdas remuneratórias históricas.

Assim como a população, o ideal é que todos os servidores públicos tenham um conjunto de situações que concorram para a qualidade de vida, refletindo em um estado de total bem-estar físico, e não esse desmonte que assistimos em alguns locais e que impacta diretamente no sucateamento do serviço.

 

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