Há duas semanas os servidores públicos de Cachoeiro de Itapemirim seguiam ansiosos com a divulgada ‘audiência pública’ de iniciativa da Câmara Municipal para discorrer sobre o ainda não digerido projeto de lei sobre o novo Plano de Cargos e Salários. A expectativa se reverteu em frustração na hora que descobriram que não poderiam se manifestar: não era audiência pública.
Juntando todos os pontos, é possível mensurar que houve um grande mal entendido, podendo dizer até falha da própria Câmara Municipal diante daquilo que foi votado e anunciado. Sem contar na desatenção de alguns vereadores que aprovaram a convocação do secretário de Administração e só souberam que não votaram pela realização da audiência pública na quinta-feira (6), junto com as vaias após o ‘balde de água fria’ na plateia.
O mal entendido só foi desfeito depois que o líder do governo, vereador Delandi Macedi (PSC), perguntou ao presidente da Casa de Leis, Alexon Cipriano (Pros), de que se tratava aquele evento. Provavelmente, e na sua função de ‘poupar’ o secretário que ali já estava convocado – diferente de convidado -, a indagação de Delandi já conhecia a resposta.
Centenas de servidores estavam presentes e, certamente, todos tinham consigo dúvidas em banho-maria na indignação. Porém, um certo alívio ao saber que seria aquele o momento de saná-las. Mas, isso só será possível junto ao Recurso Humanos da prefeitura, por enquanto.
O erro de divulgação da Câmara Municipal serviu para mostrar a necessidade de mais diálogo sobre o plano de carreiras. Óbvio que, uma vez no legislativo, as quantias não poderão ser alteradas, já que os edis não podem criar despesas para o executivo. O máximo que pode ocorrer é a prefeitura retirar o projeto de lei para alterações. Fora isso, é a compreensão ou não.