A unidade do litoral sul, gerenciada pelo Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim (Heci), não contará mais com o pronto-socorro, que fechou nesta sexta-feira (19). A decisão não é pelo fato do hospital ser exclusivo para atendimento de casos de Covid-19; mas, principalmente pelo “calote” levado pelas prefeituras de Presidente Kennedy e de Itapemirim, conforme afirmado pelo superintendente do Heci, Wagner Medeiros.
“Já seria fechado, pois ano passado só contou com a ajuda da prefeitura de Marataízes. Kennedy e Itapemirim deixaram de ajudar. Esgotou a capacidade de financiamento da unidade. No passado, a unidade tomou outros calotes de prefeituras”, disse.
Medeiros reforçou que a responsabilidade da saúde é dos governos municipal, estadual e federal. “Não cabe ao hospital Evangélico bancar pronto socorro e internações de pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde), ficando endividado para manter essas atividades”.
Presidente Kennedy
Sobre a falta de repasse de recursos, a prefeitura de Presidente Kennedy se manifestou através de nota oficial, que segue abaixo na íntegra:
“A Prefeitura Municipal de Presidente Kennedy, através da Secretaria Municipal de Saúde, vem esclarecer que desde o ano de 2020 não tem nenhum convênio ou outro instrumento semelhante que justifique o repasse financeiro aos Hospitais para manutenção das atividades.
Deste modo, não podemos em hipótese alguma realizar ajuda de custo na qual não temos respaldo legal para o mesmo, portanto, o Município não tem nenhuma dívida financeira, tão pouco deu “calote” ou causou prejuízo em nenhuma entidade.
Primamos o cumprimento de todas as obrigações, bem como o atendimento dos princípios que amparam a Administração Publica no que pese a legalidade, moralidade e impessoalidade”. A reportagem não conseguiu contato com a prefeitura de Itapemirim.