A área reservada ao público no plenário da Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim já se encontra cheia. A razão de tantas pessoas na Casa de Leis é a possibilidade de o projeto de lei, de autoria da prefeitura, que viabiliza o subsídio de R$ 1,6 milhão ao sistema de transporte coletivo, ser colocado na pauta de votação. A matéria está na ordem do dia, porém para a 1ª discussão.
O tema tem gerado muita polêmica no município. O argumento da prefeitura para a concessão deste aporte é garantir a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato, que teria sofrido déficit desde janeiro deste ano, quando o valor da passagem foi definido em R$ 3,20, ao mesmo tempo que estudo feito pela Agersa apontava R$ 3,35.
Neste caso, o subsídio, que é retroativo ao primeiro mês de 2018, é de R$ 0,15 sobre cada tarifa. A maior parte do público presente nesta tarde na Câmara Municipal é composta por funcionários do consórcio Novotrans, responsável pelo serviço de transporte no município. Esses profissionais alegam estar com salários atrasados e que há garantia, com a efetivação do subsídio, de regularização da folha de pagamento.
O assunto já foi pauta de dois eventos públicos para esclarecimentos. No entanto, ainda não há consenso sobre a questão e muitos questionamentos sobre os números apresentados. O Sindimotoristas, em matéria publicada com exclusividade pelo Em Off Notícias na segunda (27), anunciou que haverá paralisação dos ônibus caso o projeto de lei não seja aprovado. Porém, ainda não há garantia de que a apreciação da matéria ocorrerá hoje.