Qual será a força de Victor Coelho nas eleições de 2022?

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“A maior fortaleza que há é não ser odiado por seu povo” – Maquiavel

 

A representatividade política de Cachoeiro de Itapemirim, por si só, é de extrema relevância no Espírito Santo e, principalmente, para a região sul do estado. Ao longo dos anos, a maioria de seus líderes esteve à altura desta liturgia; outros, à reboque.

Ser liderança política em Cachoeiro é radiar essa força para os demais municípios sulinos; não apenas figurativamente ou ser uma ‘tartaruga em cima de um poste’. E quando isso é exercitado, a partir do perfil nato, é possível apurar, até mesmo, o seu reflexo nas urnas.

Neste ano, temos mais uma eleição. Pelos números, é mais do que provável que o Palácio Anchieta esteja com seus alicerces trêmulos quando o assunto é Cachoeiro de Itapemirim. Basta lembrar 2018.

Naquele ano, embora Renato Casagrande (PSB) tenha garantido o retorno ao comando do governo do Estado após a vitória em 2010, teve o seu segundo pior resultado eleitoral em todo o Espírito Santo justamente em Cachoeiro, já governada por Victor Coelho. Ele venceu Manato, que decidiu pela majoritária em cima da hora, por apenas 1.142 votos – ao todo, o percentual obtido foi de 43,79%, com Victor no palanque.

Na política, às vezes, ganha-se perdendo. Para entender melhor, basta retroagirmos às eleições de 2010 (o prefeito era Carlos Casteglione). Lá, Casagrande venceu em Cachoeiro com 81,13% dos votos válidos. Ou seja, com Coelho pedindo votos, quase a metade de sua votação foi perdida.

Pode ser que em 2022 seja diferente. Alguns podem se agarrar nos 53,25% dos votos conquistados para a reeleição do prefeito cachoeirense; a não ser aqueles que levam em consideração a ‘manobra’ que resultou em 11 adversários contra Coelho – sem contar a falta de destreza e tino político na condução da Comunicação da prefeitura que não desamarram Victor de um simples decorador de praças.

Além da influência local sobre o pleito estadual, também há os ensaios feitos pelo governo municipal para emplacar nomes na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados; assim como ocorreu em 2018. Essas análises ficam para um próximo texto.

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