Dois sindicatos e parte de uma categoria desamparada. Esta é a situação de alguns agentes de saúde e de endemias de Cachoeiro de Itapemirim. Por não estar filiada ao Sindimunicipal, uma parcela desses profissionais ficou sem receber o direito conquistado na justiça da diferença salarial no vencimento pago pela prefeitura e o que estava determinado no piso salarial nacional. Para ter o dinheiro, em tese, eles terão que ingressar na justiça – como ocorreu com os filiados do sindicato.
A outra agremiação é o Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e de Combate às Endemias (Sindacse). Este lamenta o que ocorre com os agentes e afirma acompanhar o processo de ações judiciais, que já estão em curso. Enquanto isso, sobram críticas ao depósito ‘parcial’ de R$ 1.663.340,00 feito pela administração nesta semana.
“Não faz sentido obrigar um servidor se filiar para receber o direito, e menos justo ainda pagar uma parte e deixar outros sem receber o que veio para todos. Foi um acordo vergonhoso; depois de quatro anos e meio de espera, o restante tem que entrar com processos particulares, sendo que o dinheiro veio para toda categoria”, disse a conselheira do Sindacse, Magda de Almeida Louzada.
A agente de saúde Regina Cândido, que também é diretora do Sindacse, considera “descaso” com os não filiados ao Sindimunicipal, pelo fato de ser uma verba federal. “Nem acordo o governo fez com quem não tem a referida filiação”. Até esta quinta-feira, há 27 processos movidos.
O benefício será repassado a 368 profissionais e é referente ao período de junho de 2014 a dezembro de 2015, quando eles tinham remuneração abaixo do piso salarial. A reportagem não conseguiu contato com o governo para saber em qual situação os demais agentes de saúde e de endemias irão receber este direito.
Leia mais:
Retroativo a agentes de saúde e endemias será só para filiados, diz sindicato
(Matéria editada às 19h19)