Revolução na sua vida: você pode, você faz

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Por Tatiana Pirovani

 

Na última semana o Tribunal Superior Eleitoral celebrou a superação de um recorde! Edson Fachin anunciou que entre janeiro e abril deste ano o país ganhou 2.042.817 novos eleitores entre 16 e 18 anos. Esses números são resultado de uma iniciativa do TSE chamada Semana do Jovem Eleitor, que mobilizou, inclusive a classe artística.

Mas, estamos falando de Brasil, então, obviamente, existem os críticos. Pessoas que consideram esses jovens inaptos a decisões importantes como o voto. Amparam-se em justificativas como, por exemplo, o fato desses mesmos jovens não estarem submetidos à maioridade penal. Ou então ao simples fato de serem novos demais para entender das coisas…

Talvez essas pessoas não se atentem ao fato de que jovens estão na vanguarda das inovações e mudanças globais. Talvez não percebam que esses eleitores são também cidadãos que inovam comportamentos, maneiras de pensar e agir, até o estilo de vida, moldando gerações futuras.

Nessa faixa etária, esses jovens estão escolhendo e se preparando para suas carreiras, portanto, serão os profissionais que atenderão ao mercado no futuro. O que pode ser mais difícil de decidir do que isso?

Nessa faixa etária, são destacados os melhores atletas… ou você acha que nas Olímpiadas e na Copa do Mundo está torcendo por um grupo de tiozão de meia idade?

Como manter este público fora do processo eleitoral, se a partir dele a política se adapta?

Por que, para algumas pessoas, não é interessante envolver os jovens em espaços de debate, planejamento e decisão?

O que seria do legado de Malala Yousafzai, que aos 17 anos ganhou o Nobel da Paz?

Como estaria a comunicação de pessoas com deficiência visual, se não fosse Louis Braille aos 16?

E os estudos do futuro da humanidade, fresquinhos nas mãos Alyssa Carson, que se prepara para a primeira missão humana em Marte?!

E os moradores do Complexo do Alemão, que ficariam sem notícias a respeito das demandas da comunidade, se René Silva não tivesse criado A Voz das Comunidades novinho, novinho?

Te falei dos 24 estudantes que estão representando o Brasil em Atlanta? Sim, com projetos de impacto social e que contribuem com métodos de pesquisa científica.

Ah, mas precisa ser todo esse destaque para ter o devido “valor”? Penso que não. Não existe jovem sem valor, existe jovem sem oportunidade, sem envolvimento.

Sim, eu sei. Votar é participar de uma escolha muito séria. Aí entramos nós, os adultos, para conscientizar, esclarecer, incluir, atrair, explicar… ou você não quer fazer sua parte?

São jovens adolescentes, não pessoas limitadas. Totalmente capazes de compreender.

Por isso, sim, julgo importante sua presença em mecanismos que assegurem a participação pública. Se não começarem hoje, começarão quando? Quando forem efetivamente adultos? E o que define alguém efetivamente adulto? Idade, ter um emprego, poder dirigir? Não te parece estranho dispensar o voto de alguém entre 16/17 anos e aceitá-lo quando essa pessoa tiver 18?

Jovens SÃO a própria perspectiva! Não os envolver é dar as costas ao futuro.

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