Saiba como identificar o infarto

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Muitas são as notícias de pessoas sofrendo ataques cardíacos. Em Cachoeiro de Itapemirim, por exemplo, nos últimos dias, um engenheiro se recupera do susto após ser prontamente atendimento pela equipe do Hospital Evangélico (Heci); já um empresário do ramo imobiliário não teve a mesma sorte e perdeu a vida, após ataque fulminante.

Nos dois casos, de acordo com o Heci – especializado na área -, o infarto foi provocado pelo resultado de uma série complexa de eventos acumulados ao longo dos anos; mas, geralmente está ligado aos ateromas, placas de gordura e outras substâncias que se formam nas paredes das artérias. Essas placas podem crescer até entupir a artéria, ou se romper e liberar fragmentos que irão obstruir vasos que levam ao coração, causando o infarto.

Os sintomas incluem sensação de aperto ou dor no peito, no pescoço, nas costas ou nos braços, bem como fadiga, tontura, batimento cardíaco anormal e ansiedade. As mulheres são mais propensas a apresentar sintomas atípicos do que os homens.

Não há dúvida de que a melhor maneira de evitar o infarto é reduzir a exposição aos fatores de risco: fumo, obesidade, diabetes, hipertensão, níveis altos de colesterol, estresse, vida sedentária e/ou histórico pessoal ou familiar de doenças cardíacas.

“Esses fatores de risco podem coexistir ou podem estar presentes isoladamente. Ou seja, o paciente pode apresentar tudo junto e então a doença surge cada vez mais cedo ou, às vezes, tem um ou dois aspectos desses isolados, por exemplo, é uma pessoa sedentária e estressada, mas, não é hipertensa”, explica o cardiologista Luiz Carlos Maciel Júnior.

Suspeita de Infarto

O primeiro sintoma que leva uma pessoa a suspeitar que possa estar infartando é a dor.  De acordo com o dr. Maciel, os sintomas são variados, mas, a dor é a principal. “Ela está localizada na região do tórax no lado esquerdo, irradiando para a face, mandíbula, braço esquerdo ou para as costas. Pode suar frio, palidez no rosto. A falta de ar é um sintoma menos comum, pode ser mais visto em diabéticos, que sentem menos dor”, explica.

Ao surgirem os primeiros sintomas, procure socorro imediatamente – alerta o médico. O principal exame para diagnóstico do infarto é o eletrocardiograma (ECG). Ele possibilita não somente detectar o ataque cardíaco, mas ajuda também a identificar o tipo específico de infarto, o que é primordial para o tratamento imediato.

O ideal é que o paciente seja atendido em até 90 minutos. São administrados outros medicamentos com funções diversas, como amenizar a ansiedade, diminuir a dor e ajudar o coração a trabalhar com menos esforço.

Prossegue-se então para a desobstrução da artéria comprometida, o que pode ser feito de diversas formas dependendo das informações obtidas com os exames iniciais e do quadro geral do paciente. Uma das formas mais comuns é utilizar um cateter para desobstruir a artéria e implantar no local um stent, uma espécie de tubo de metal que mantém o vaso aberto e permite a passagem do sangue.

Dependendo do tipo de infarto e das condições do paciente, podem ser necessários outros procedimentos, como a ponte de safena (cirurgia de revascularização do miocárdio). Geralmente, após a desobstrução o paciente deve ficar internado por cerca de 5 dias, recebendo medicação específica e evitando o esforço e o estresse.

Uma parte dos pacientes que enfartam pode ter uma vida normal pós infarto. Em alguns casos, pode ser de grandes proporções, causando danos maiores ao coração, impossibilitando exercer algumas atividades do dia a dia, como trabalhar.  Porém, em todos os casos têm que corrigir hábitos e mudanças no estilo de vida.

Prevenção

De acordo com Maciel, a recomendação para evitar o infarto é simples. “É sempre bom manter hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, fazer atividade física, não fumar e também estar em dia com as consultas médicas”, recomenda o cardiologista. Ele recomenda ainda começar a se consultar com o especialista a partir dos 40 anos. “Quem tem histórico na família é melhor começar mais cedo, a partir dos 30”, disse.

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