A Santa Casa Cachoeiro realiza nesta terça-feira (26) o Dia D da campanha de doação de órgãos. O evento acontecerá na praça Jerônimo Monteiro e contará com orientações à população e panfletagem para a promoção do ‘Setembro Verde’, mês alusivo à doação de órgãos.
A Santa Casa é referência no estado no desenvolvimento de ações de incentivo à captação de órgãos, e essas promoções vêm surtindo efeito ao longo dos anos e resultando no crescimento das captações.
No primeiro semestre de 2017, foi registrado um aumento de 30% nas doações de órgãos na Santa Casa, comparado ao mesmo período de 2016. No mesmo período, em nível nacional, este aumento foi de 15%, segundo a ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos), ou seja, o hospital atualmente está acima da média nacional. Porém, este número poderia ser melhor.
De acordo com a coordenadora do CIHDOTT, Cristiane Bittencourt, o principal motivo para que as doações não sejam efetivadas é a falta de esclarecimento sobre o assunto.
“É preciso entender que a morte acontece de duas formas: parada cardiorrespiratória e morte encefálica. A mais comum é quando ocorre a parada cardíaca, neste caso só é possível a doação de tecidos como córneas, ossos, pele e válvulas cardíacas. Na encefálica, ocorre apenas a morte do cérebro, que é um processo irreversível; porém, como não existe transplante para cérebro, os órgãos continuam vitais e, por isso, pode ocorrer a doação de órgãos e tecidos”, afirma Cristiane.
A profissional explica que para ser doador de órgãos é necessário expressar este desejo à família, pois somente ela pode autorizar a doação. Quando os familiares têm o conhecimento do desejo de ser doador torna-se mais fácil tomar a decisão no momento em que ocorre o óbito.
O evento desta terça-feira é coordenado pela equipe da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) da Santa Casa Cachoeiro.