Nenhum representante da cooperativa de laticínios Selita compareceu na reunião ocorrida nesta quarta-feira (13) na Câmara Municipal para tratar da acusação de rejeitos lançados no córrego que corta o bairro Basileia, em Cachoeiro de Itapemirim. Análises feitas pela BRK Ambiental constataram que o material não aproveitado é lançado na natureza sem o devido tratamento.
O encontro no plenário do legislativo municipal teve a presença de representantes da BRK e Agersa (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados). “Na reunião, foi passado que a indústria tem a obrigação de fazer o tratamento dos seus rejeitos antes de despejá-los nas redes pluviais e de esgoto; o que não acontece”, disse o vereador Allan Ferreira (PRB).
De acordo com o edil, que organizou a reunião, os rejeitos da Selita são lançados na rede de esgoto, há tempos, o que causa mau cheiro. O fato já gerou protesto dos moradores adjacentes, inclusive com a paralisação do trânsito na avenida Aristides Campos com a queima de pneus.
“A situação também aumenta o gasto de energia no tratamento do esgoto doméstico; pois, segundo a própria concessionária (BRK), quase 50% da energia gasta é com os despejos da indústria”, afirmou Allan.
A reportagem fez contato com a cooperativa, que garantiu que o último incidente foi pontual. “A destinação (dos rejeitos) é correta, o que aconteceu foi por causa do roubo dos cabos de energia que alimentam a bomba. Com a bomba parada, aconteceu o transbordo. As providências foram tomadas rapidamente para diminuir o transtorno aos vizinhos. O B.O. de registro do roubo já foi feito”, informou a assessoria da Selita.