Sobremesa para domingo

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Por Tatiana Pirovani

 

Há um ser, criado por Deus, capaz de praticamente todas as coisas. De tão completo, quis Deus precisar dele para gerar Jesus Cristo. Todos conhecem como “mãe”, mas há quem as chame de exageradas, pois mesmo antes do filho aprender a andar já estão pensando em como será o dia em que ele vai sair de casa.

Há quem as considere malucas, por causa das estratégias que elas são capazes de criar para educar uma criança. Tem a que usa o cantinho do pensamento para corrigir o pequeno que teimou várias vezes quando ela pediu para parar de correr, ele não obedeceu e caiu. E tem a que vai apontar para o filho e dizer: “Bem feito! Eu avisei!”

Mãe não é gente! Não dá pra pensar nelas como algo comum, porque são assim tipo chocolate, sabe?!

Tem quem pense que são doidas. Porque as vezes a paciência acaba e aí, seres inanimados criam asas. Voam chinelos e o que mais estiver pela frente, afinal, mãe tolera tudo, menos malcriação.

Tem a desesperada, que por qualquer coisinha grita com aquela raiva que só a mãe sente. Aquela que parece que ela odeia o filho, mas que passa com o primeiro maneirismo que ele faz. E tem aquelas mais discretas, que falam cada vez mais baixo quando estão nervosas, porém entre os dentes sai o famoso “em casa a gente conversa”.

Há também as dramáticas, que quando a bagunça fica demais elas dizem que vão largar a casa. E as práticas, que quando o filho diz que vai embora, ela mesma arruma sua mochila e diz “vai” só para saber até onde aquela criança é capaz de chegar com sua arrogância.

Mãe também parece com um café quentinho de manhã, de longe se sente sua presença.

Existem as que cuidam de tudo sozinhas e se sentem culpadas por terem a sensação de estarem deixando passar alguma coisa que o filho precisa. Por outro lado, tem aquelas que só vão fazendo e torcendo para que no final dê tudo certo.

Tem as exigentes; nada que o filho faz está bom. Aí ela vai lá, faz, e depois reclama que está cansada.

Tem as que criaram os filhos na base da palmada. O discurso da palmada é específico só da mãe, porque ele sai com diferentes separações silábicas e com uma ênfase no final: eu-já-te-falei-pra-n-ã-o-f-a-z-e-r-issooooo!

Tem as mães jovens, que pensam no que perderam por terem engravidado cedo, mas a verdade é que sem o filho, ela não seria a mulher que é hoje. Tem também aquela que sonha em ser mãe, consegue, depois reclama que tá fora de forma, se esforça para emagrecer, emagrece, de repente acha que o filho precisa de um irmãozinho e começa tudo de novo… isso porque mães são mulheres e mulheres são confusas as vezes.

Mãe parece um bolinho com recheio e cobertura.

Tem as que geram o filho na barriga e outras, não. Não faz diferença porque filho vem mesmo é do coração.

Mãe não aceita que falem mal do filho, mas ela fala. Em casa, sem ninguém de fora ouvir.

Mãe sempre sabe das coisas. As vezes ela não sabe, mas age como se soubesse.

Tem a mãe que vai torcer para o filho ter uma namorada; quando ele conseguir ela vai ficar enciumada! Mas o filho não pode brigar com a moça, porque a mãe fica do lado dela.

Se for sobre genro, tem chance de a mãe sempre ficar do lado dele. Mas se terminar, ela diz que nunca foi muito com a cara do moço mesmo.

Mãe é mel… as vezes vem com ferrão, as vezes fica enjoativa, mas é sempre sinônimo de doçura. Hora algodão doce, hora quebra queixo. Suaves ou duras, mas sempre doces.

Se a mãe se torna avó, aí ela parece uma mistura de tudo que há de melhor. O filho nem entende, afinal ela foi sempre tão brava e rígida. Mas é que avó também é mulher né?! E mulher é confusa as vezes.

É… difícil entender.

Mas é porque mãe não se entende, mãe apenas se ama.

 

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