Saúde de Cachoeiro em série
O portal Em Off Notícias encerra a série sobre os principais investimentos da prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim na área de saúde, com a publicação desta matéria sobre o preenchimento de todas as vagas de médicos no município. O objetivo é levar aos cidadãos as informações sobre as ações que irão impactar diretamente no atendimento aos anseios coletivos neste setor da administração pública local.
As duas primeiras matérias são as que seguem abaixo:
- Cachoeiro: equipamentos de saúde são repaginados
- Médicos: contrato via consórcio pode gerar economia e novas contratações
Depois da tempestade vem a bonança. A frase traduz, de certa forma, o alívio e o sentimento de dever cumprido que assentam no palácio Bernardino Monteiro, sede da prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim, no que diz respeito à assistência de saúde básica e infantil. Foi um período de déficit de médicos nos postos de saúde, com o agravante de casos consideráveis de dengue e virais, até preencher todas as 52 equipes existentes no município com esses profissionais.
Com a saída dos médicos cubanos do programa Mais Médicos, Cachoeiro de Itapemirim sofreu 18 baixas. “Isso gerou uma série de problemas. O impacto foi visível. Tivemos superlotação no Pronto Atendimento Infantil (PAI), no bairro Sumaré, e também na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no Marbrasa”, lembrou a secretária de Saúde, Luciara Botelho.
Em meio ao turbilhão de queixas, o Ministério da Saúde – responsável pela contratação de médicos do Programa Saúde da Família (PSF) – chegou a fazer a reposição; mas, logo, oito médicos deixaram a cadeira.
“Fizemos todos os trâmites junto ao governo federal para resolver esta questão, mas não obtivemos respostas. A solução foi a prefeitura bancar para que a população não continuasse sofrendo”, contou Luciara.
A última unidade de saúde que estava sem médico era a da localidade de Córrego dos Monos – isso até a terça-feira (18). “A União repassa R$ 12 mil para o vencimento desses profissionais. Com a economia que fizemos via o consórcio Sim Polo Sul, conseguimos contratá-los por R$ 10 mil; isso sem a reposição do governo federal, o custo desses que faltavam é todo da prefeitura”, explicou. “Agora, já percebemos a diminuição de pessoas no UPA”.
Mobiliário
Além de resolver a questão da falta de médicos, a Secretaria de Saúde adquiriu nova mobília para todas as unidades de saúde. “Também já estamos instalando ar condicionado em todos os ambientes dos 32 postos de saúde de Cachoeiro.
Extensão do PAI busca manter satisfação no atendimento
O caos na saúde cachoeirense, ocorrido pela falta de médicos nos postos e uma série de problemas respiratórios e casos de dengue, ameaçava o resultado satisfatório – medido por pesquisa realizada pela prefeitura em 2018 – dos serviços do Pronto Atendimento Infantil (PAI), que funciona em parceria entre a administração municipal e o Hospital Infantil ‘Francisco de Assis’ (Hifa).
Para se ter uma ideia da situação, a unidade no bairro Sumaré chegou a atender número superior a 250 pacientes em um dia, quando a capacidade é de 120 a 140 assistências diárias. Essa superlotação também tinha como vínculo o déficit de 18 médicos no município.
“Resolvemos a contratação dos médicos e, em parceria com o Hifa, foi ampliado o PAI em uma ala do prédio do bairro Aquidaban, que abrigará o Hospital Materno Infantil futuramente. Temíamos que a altíssima satisfação alcançada com a prestação do serviço às crianças fosse abalada, resultando em desassistência”, disse a secretária de Saúde, Luciara Botelho.
A extensão tem capacidade para atender entre 40 a 50 crianças. No total, serão 25 funcionários e dois médicos para atendimento de urgência e emergências pediátricas para crianças de 0 a 12 anos.
O atendimento acontece todos os dias – das 7h às 19h – e é referência para quem mora do lado esquerdo do rio Itapemirim, em bairros como Village da Luz, Novo Parque, Nossa Senhora da Penha o próprio Aquidaban. Depois das 19h, a orientação é que os pais da região contemplada pela extensão do PAI busquem atendimento na unidade do bairro Sumaré.
Contrato
O contrato entre o Hifa e a prefeitura é de três meses; no entanto, a prefeitura não descartou a possibilidade de ampliação deste prazo. Também pode ocorrer de o atendimento ser de 24 horas, como acontece no Hifa.
Acesso
De acordo com a prefeitura, deve-se levar a criança ao PAI em casos de emergência, como hemorragia, parada cardiorrespiratória e crise convulsiva; e em situações de urgência, como luxação, torção, fratura grave e dengue. Fora disso, a referência são os postos de saúde instalados no bairros.