Trabalha como se tudo dependesse de ti e confia (em quem?)

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Tatiana

Por Tatiana Pirovani 

 

Estamos bem próximos das eleições, e o estado do Espírito Santo nos apresenta um perfil eleitoral bastante curioso. De acordo com a última pesquisa IPEC, no nosso Estado, a diferença entre os candidatos Lula e Bolsonaro é bem pequena – apenas 3%.

Em se tratando de um Estado quem vem demonstrando uma certa ascensão do conservadorismo, de modo direto poderíamos concluir que a disputa entre os candidatos ao Governo do Estado espelharia pequena diferença entre o candidato à reeleição, Renato Casagrande e Carlos Manato. Isso porque, Manato apoia o Presidente Jair Bolsonaro, já Casagrande, apoia a candidatura de Lula.

Mas, de acordo com os últimos dados divulgados pelas pesquisas, existiria uma grande vantagem percentual de intenção de votos favoráveis à Casagrande (56%) contra modestos 19% de Manato.

Como pode um candidato do mesmo partido de Jair Bolsonaro, que inclusive estampa seu plano de governo com uma adaptação do slogan utilizado na campanha presidencial de 2018 (Espírito Santo acima de tudo, Deus acima de todos), ter um percentual tão abaixo do presumível primeiro lugar, sendo que ele seria a representação do perfil do Presidente atual, o qual está em praticamente empate técnico com Lula, aqui no nosso Estado?

Quais seriam as prospecções dos eleitores capixabas a ponto de rasgar-se em discussões pró bolsonaristas e ao mesmo tempo desconsiderarem alguém do mesmo espectro político e ideológico para o governo do Estado?

Seriam essas pessoas mais fãs de Bolsonaro do que verdadeiramente eleitores da direita?

Se sim, para onde foi aquela conversa sobre “políticos de estimação”?

Seriam esses eleitores mais anti-PT do que pró bolsonarismo? Mas, se fosse isso, a lógica seria votar em Manato, já que Casagrande apoia Lula.

Se a candidatura de Fabiano Contarato tivesse se concretizado pelo PT, a proporção de intenção de votos estaria mais semelhante à das eleições para Presidente? Eu aposto que não; creio que a disputa ficaria entre Contarato e Casagrande, e Manato teria um percentual ainda menor.

Então se a questão é permeabilizar com a ideologia de direita, não era para ele estar melhor nas pesquisas?

Por que é que o eleitor capixaba projeta um posicionamento à nível nacional que não se desdobra à nível local?

Pausa para o loop infinito…

Entendem como é relevante compreendermos sobre os espectros políticos, e conhecermos nossas convicções?

Nosso voto é o espelho do que acreditamos, mas também do que queremos. Não adianta por exemplo, ser conservador (sua crença/ideologia), se você acha que o plano de governo de um candidato conservador não atende às necessidades do seu Estado (o que você quer).

Princípios e valores são importantes na construção do voto; mas nossa intransigência ideológica pode atrapalhar uma análise crítica.

Na escolha dos seus candidatos, você tem sido coerente entre o que acredita e o que quer?

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