O edil Juninho Corrêa (PL) fez uma relação entre o lockdown para não vacinados contra a Covid-19 e o holocausto, que foi o genocídio contra seis milhões de judeus durante a 2ª Guerra Mundial. Porém, foi corrigido por Diogo Lube (PP), que, além de vereador, é professor de História.
O intuito de Juninho era dizer que a Áustria repetiria atualmente o lockdown; porém, o holocausto ocorreu em Auschwitz II, na Polônia – correção alertada por Diogo Lube.
“Quando falavam “pobrezinho dos judeus, eles passam fome, precisam de nossa ajuda. Então, vamos levá-los para campos, fazendas para eles se alimentarem”. Em 1945, após a 2ª Guerra Mundial, viram que essas fazendas eram campos de concentração”, prosseguiu.
“Hoje, vemos na Áustria um lockdown de pessoas não vacinadas. O mesmo lugar que na década de 1930 e 1940 fez o lockdown dos judeus”, afirmou Corrêa.
Repúdio
O vereador de Vila Velha, Romulo Lacerda (PSL), em visita à Câmara de Vitória na segunda-feira (22), comparou o passaporte sanitário ao holocausto.
A Congregação Israelita enviou nota de repúdio por causa do discurso. Segue na íntegra abaixo a nota:
Repúdio da Congregação Israelita
A Congregação Israelita Capixaba (Cicapi), que é ligada à Confederação Israelita do Brasil (Conib), reagiu após ouvir o discurso do vereador Romulo Lacerda. Em nota, a congregação repudiou a comparação entre o passaporte sanitário e o holocausto, feita pelo parlamentar, a qual chamou de “absurda e perigosa”.
“A comparação do passaporte sanitário com o horror que foi o Holocausto é absurda, perigosa e só demonstra a falta de conhecimento e a banalização do que foi o genocídio de 6 milhões de judeus. A história já nos mostrou o que acontece quando discursos como esse se tornam corriqueiros”, diz a nota assinada pelo diretor da Cicapi, Douglas Miranda.