Quem se desloca, de ônibus, do centro de Cachoeiro para qualquer distrito ou área urbana do município paga a passagem no valor de R$ 3,40. Mas, como toda regra tem exceção, para chegar a Conduru o valor é outro. O distrito não é servido por linha direta do Consórcio Novo Trans, concessionário do sistema de transporte coletivo, e a única solução para moradores ou visitantes é utilizar um ônibus intermunicipal, com destino a Castelo, pagando a tarifa de R$ 7,90.
É claro que a situação não agrada aos moradores do distrito. Insatisfeitos, eles participaram em peso de reunião organizada na semana passada pelo vereador Silvinho Coelho (PRP) para discutir o assunto com Márcio Delatorre Tavares, representante da Agersa, órgão que regula o serviço de transporte municipal . Também participaram do encontro o presidente da Fammopocci, Ronaldo Xavier e o presidente da Câmara, Alexon Cipriano (PROS), além de representantes de igrejas, associações e outras instituições.
“Quem mora em Conduru paga mais que o dobro da passagem vigente no restante de Cachoeiro. É um valor abusivo, que impede o conduruense de fazer compras ou trabalhar em seu próprio município, prejudicando nossa economia”, diz Silvinho, explicando que o distrito possui 6.000 moradores, e, no ônibus intermunicipal, o valor da passagem do trecho Cachoeiro-Conduru é superior ao trecho Conduru-Castelo.
Segundo Silvinho, o representante da Agersa mostrou-se sensível aos apelos da população local e prometeu solução para o problema, garantindo a criação, em breve, de uma linha direta entre o centro de Cachoeiro e Conduru.
Ao final da reunião, uma comissão com cinco moradores que irá sugerir à agência os melhores horário para os ônibus. Com base nesta proposta, a Agersa irá exigir do Novo Trans a oferta do serviço, de acordo com os dispositivos do contrato com o município. “Estamos confiantes e atentos à solução”, diz o vereador.