A maioria dos vereadores de Cachoeiro de Itapemirim ouvidos pelo Em Off Notícias se manifestou favorável à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 376/2009 que pode adiar as eleições de 2020 para 2022, dentre outras alterações. A proposta já foi aprovada pela relatoria da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados e pode ter votação definitiva ainda neste ano.
O objetivo da PEC é estabelecer a coincidência geral dos pleitos para todos os mandatos eletivos. Além disso, aumenta de oito para 10 anos o mandato de senador, estabelece o mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos e põe fim ao instituto da reeleição para os cargos do Poder Executivo.
“Sou totalmente favorável à proposta, sempre torci que às eleições fossem unificadas. Primeiro porque será uma grande economia de recursos públicos, que poderão ser empregados em várias áreas para melhorar a qualidade de vida das pessoas. E também vai, com certeza, acabar com um ciclo vicioso, no qual os políticos se elegem para um cargo e imediatamente já começam a se preocupar com às próximas eleições”, disse o vereador Alexandre Bastos, que também é presidente do PSB cachoeirense.
“Sou a favor, porque trará economia para os cofres públicos e mais eficiência para o trabalho do agente público”, falou Rodrigo Sandi (Podemos). Já o edil Alexandre Maitan (PDT) disse não acreditar na aprovação da PEC, pelo fato dela estar há 10 anos sob análise do parlamento.
“Não tenho conhecimento direto da PEC, mas a possibilidade de unificar as eleições acredito ser uma proposta viável para o nosso país, até porque, haverá economia grande para o Brasil, além de acabar com esse negócio de eleições de 2 em 2 anos. Enquanto isso, quem está no mandato atual, terá uma prorrogação de mais 2 anos. Para mim é uma oportunidade de poder servir ao nosso município por dois anos a mais do que atualmente tenho essa responsabilidade”, avaliou o líder do governo na Câmara Municipal, vereador Delandi Macedo (PSC).
“Minha opinião é favorável, pois essa medida irá gerar economia de bilhões aos cofres públicos, além de definir objetivamente qual a escolha do candidato, pois o mesmo será vereador ou deputado, coisa que não acontece no modelo eleitoral”, afirmou o edil Allan Ferreira (PRB).
“Sou favorável apenas pela economia. Mas, mudanças de regras no meio do caminho mostra falta de planejamento ou articulação para perpetuação de uma mentalidade coronelista e patrimonialismo. Jogo político pra manutenção de oligarquias. Entretanto, evitaria vícios no executivo com mandatos longos e obrigaria políticos a decidirem em que cargo concorrer”, observou Diogo Lube (PDT).
“Eu sempre me posicionei contrário à eleição de dois em dois anos. Essa unificação seria importante não só por conta de economia financeira, mas também para definir a que cargo de fato o cidadão quer ser candidato, principalmente se tratando de candidatura a vereador e deputado. O único problema – e aí me posiciono contrário – é a mudança da regra no meio do jogo, afinal fomos eleitos para exercer mandato de 4 anos e não de 6. Não sou favorável a essas mudanças de regras”, ponderou Antônio Geraldo (PP).
“Sou contra a prorrogação de mandato para seis anos. Já que estão querendo unificar a eleição de vereadores a presidente que faça eleição de dois anos – de 2020 a 2022 – aí faça unificação do mandato de quatro anos”, considerou Braz Zagotto (SD).
Economia
A justificativa desta PEC que alinha os mandatos políticos de gestores de estados e municípios é que irá otimizar os trabalhos da Justiça Eleitoral e proporcionar economia aos cofres públicos de R$ 3 bilhões já em 2022 e de aproximadamente R$ 10 bilhões até 2027.