‘Vírus’ da politização contamina relação com a China

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Negócios-Brasil-e-China-1

“Quem quer ser obedecido deve saber comandar. E só sabe comandar quem encontra uma certa relação entre suas próprias qualidades e as dos que devem cumprir suas ordens” – Maquiavel

 

Mais semelhanças que nos unem

Antes de tudo é preciso haver a clareza de que, a partir do momento que todos os brasileiros desejam um país melhor, existem mais semelhanças que nos unem do que diferenças que nos separam. Infelizmente e não só agora, muitos líderes políticos incitam o contrário, pregam a segregação ideológica e fazem seus seguidores fanáticos marcharem em caminho contrário às soluções.

 

Menos sensatez, menos médicos

Antes de falar sobre a relação arranhada entre o Brasil e a China, é importante lembrar que a politização também fez o desmonte do programa Mais Médicos, que atendia cerca de 60 milhões de brasileiros – principalmente, aqueles que não tinham ou nunca tiveram assistência médica. O pior: pensava e dizia o atual presidente Jair Bolsonaro, em 2019, que o programa tinha o objetivo de formar “núcleos de guerrilha” no Brasil através dos médicos cubanos. O resultado, à época, foi a redução considerável de profissionais médicos em todo o país. Em junho de 2020, com o avanço da pandemia da Covid-19, o governo recorreu também aos médicos cubanos para reforçar a atenção primária à saúde.

 

 

Filhos no poder

A desastrosa relação entre o Brasil e a China passa obrigatoriamente pelos filhos do presidente Bolsonaro: o senador Flávio, o deputado Eduardo e o vereador Carlos. Ambos, através das redes sociais, fizeram postagens diversas de ataque à China, culpando o país pela pandemia do novo coronavírus, entre outros pontos. A embaixada chinesa classificou como desinformação e calúnia a declaração e pediu o fim de tais ataques, sob a ameaça de o Brasil “arcar com as consequências negativas e carregar a responsabilidade histórica de perturbar a normalidade da parceria China-Brasil”. Isso em março de 2020.

 

 

Matéria-prima da vacina

Vale ressaltar que a vacina Coronavac, oficialmente em falta no Brasil, é produzida pelo Instituto Butantan, de São Paulo, através dos insumos fornecidos pela farmacêutica chinesa Sinovac. Essa produz o IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), que é a matéria-primeira fundamental para a produção do Butantan. Não há previsão de envio do IFA.

 

“Guerra biológica”

Como se não bastasse o ‘bombardeio’ dos filhos na relação Brasil e China, o pai – despido de liturgia e diplomacia – agravou-a ainda mais. Na última semana, Bolsonaro discursou que há a possibilidade de estar em curso uma “guerra química, bacteriológica e radiológica” não declarada, promovida por nação estrangeira. Ou seja, um ataque na mesma linha de raciocínio dos filhos. Dias depois, o presidente ‘esclareceu’ que não citou o nome da China. Verdade, apenas disse que o ‘algoz’ era o país cuja economia mais cresceu. Certo: a falta de previsão do envio do IFA pode ser atrelada à família; afinal, o Chile recebe os insumos, sem nenhuma interrupção.

 

Filhos no poder II

O fato de serem filhos do presidente os coloca em status superior ao ministerial. E quem relatou algo nessa linha foi o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, quando esteve como testemunha na CPI da Covid no Senado, no último dia 4.

“Eu tinha dificuldade com o ministro das Relações Exteriores. O filho do presidente que é deputado federal [Eduardo Bolsonaro] tinha rotas de colisão com a China através do Twitter. Um mal-estar. Fui um certo dia ao Palácio do Planalto, e eles estavam todos lá. Os três filhos do presidente [deputado Eduardo Bolsonaro, vereador Carlos Bolsonaro e senador Flávio Bolsonaro] estavam lá. Disse a eles que eu precisava conversar com o embaixador da China. Pedi uma reunião com ele. ‘Posso trazer aqui?’ ‘Não, aqui não’. Existia uma dificuldade de superar essas questões. Esses conflitos com a China dificultavam muito a boa vontade”, disse Mandetta.

 

Cortes

Tem vereador espalhando fake news da tribuna da Câmara Municipal de Cachoeiro § Falou que o uso da cloroquina para tratamento precoce da Covid-19 estava liberado § Enquanto há cadeira vazia na Casa de Leis locais, pessoas continuam morrendo pelo vírus § Só em abril, no Espírito Santo, foram 1.944 mortes § Em Cachoeiro, 62 óbitos § Tem ex-assessor disposto a jogar a farofa no ventilador § Será que nesta legislatura a Comissão de Ética irá funcionar? § Na passada, nem parecia existir; apesar de fatos graves promovidos pelos nobres § Todo parlamentar deveria ser punido ao aprovar projetos inconstitucionais § Afinal, todo profissional, de quaisquer áreas, sofre as consequências de um erro § Na política, aproveitam-se do erro para a manipulação em benefício próprio § Rasgam a Constituição § Judas traiu Jesus por 30 moedas de prata § Atualmente, traem o povo por 30 cargos no governo § Na próxima, terá muito mais…

 

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