O Plenário elegeu, por 24 votos a favor e 5 contra, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do biênio 2021-2023. O atual presidente, deputado Erick Musso (Republicanos), foi reeleito em uma chapa com a seguinte formação: Marcelo Santos (PDT) como 1° vice-presidente; Torino Marques (PSL), 2° vice-presidente; Adilson Espindula (PTB), 1° secretário; Freitas (PSB), 2° secretário; Marcos Garcia (PV), 3° secretário; e Janete de Sá (PMN), 4° secretário.
Vinte e nove deputados participaram da eleição, que teve votação nominal. Apenas a chapa encabeçada por Erick Musso foi registrada. Os seguintes deputados votaram contra a chapa: Fabrício Gandini (Cidadania), Iriny Lopes (PT), Luciano Machado (PV), Dary Pagung (PSB) e Sergio Majeski (PSB). O deputado Theodorico Ferraço (DEM) não votou.
A sessão preparatória para a Mesa Diretora foi anunciada durante a sessão ordinária, na manhã desta quarta-feira, pelo deputado Marcelo Santos, que presidia a sessão.
Emenda à Constituição aprovada nesta semana pelo Plenário permitiu a antecipação do pleito, que até então era realizado no dia 1º de fevereiro do 1º e 3º anos de cada legislatura. A Mesa eleita nesta quarta-feira comandará a Assembleia Legislativa no período de fevereiro de 2021 a fevereiro de 2023.
Governabilidade
Em seu discurso após reeleito presidente da Ales, Erick Musso destacou que o Poder Legislativo manterá o apoio ao Executivo. “Nós vamos continuar dando estabilização e governabilidade ao Executivo. Quando o interesse público, a estabilização dos Poderes, o bem-estar das pessoas estiver à mesa, as divergências políticas e partidárias serão colocadas de lado”, afirmou.
Musso agradeceu os votos recebidos em sua segunda reeleição. “Um jovem de 32 anos de idade ser presidente da Assembleia Legislativa pela terceira vez é motivo de orgulho para mim. E eu sigo com esse desafio com humildade e projetos. Essa Casa vai liderar um projeto sem vaidades individuais, com o foco no bem-estar dos capixabas”, disse. Erick foi eleito presidente da Ales para o biênio 2017-2019 e reconduzido ao cargo no biênio atual (2019-2021).
Erick também destacou o projeto Espaço Assembleia Cidadã, que disponibiliza diversos serviços para os capixabas e recebeu um prêmio nacional da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale). “Essa Casa há duas décadas atrás era manchada pela corrupção, uma Casa desrespeitada. Hoje é reconhecida como uma das melhores do país. Na última sexta-feira fomos reconhecidos com uma premiação. Isso demonstra o caminho que percorremos e vamos seguir nele”, pontuou.
Votos contrários
Alguns parlamentares mostraram-se surpresos com a sessão preparatória. Antes de iniciar a votação, criticaram a forma como o processo eleitoral estava sendo conduzido. O deputado Sergio Majeski reclamou da falta de transparência. “Eu confesso que estou chocado. Eu nem tenho palavras para o que está acontecendo aqui. As pessoas não sabiam disso. Isso não é democrático”, protestou.
O deputado Fabrício Gandini (Cidadania) reclamou do tempo de 5 minutos destinado à apresentação das chapas. “Ninguém tem problema em perder. Eu estou pedindo razoabilidade da Presidência para um prazo maior para que a gente se organize e inscreva as chapas”, solicitou. A extensão do prazo não foi concedida e apenas uma chapa foi registrada.
A deputada Iriny Lopes (PT) também se mostrou surpresa e criticou a pressa da eleição. “Eu também estou muito surpresa. A eleição de uma Mesa Diretora requer tempo e conversa. Nós não estamos aqui fazendo registro. Estamos falando da Mesa Diretora do Poder Legislativo. Precisamos de um mínimo de tempo condizente com relevância da eleição”, disse Iriny.
O deputado Dary Pagung (PSB) reforçou a crítica ao processo eleitoral. “Nem o Plenário, nem a sociedade estão entendendo essa eleição da Mesa Diretora”, disse.
Por fim, o deputado Luciano Machado (PV), que também votou contra a reeleição e que faz parte da atual Mesa, apresentou também críticas ao processo. “Não vejo necessidade de ser votado esse ano. Fui surpreendido com a informação de que a votação já seria hoje. Como primeiro-secretário da atual Mesa, deveria ter sido comunicado. Tenho a impressão de que eu não sou de confiança. Sempre tive uma relação cordial e de respeito com os outros parlamentares”, registrou.
Manifestações a favor
Logo após a proclamação do resultado da eleição, vários deputados que votaram a favor da chapa única se manifestaram no Plenário. Eleito 2° vice-presidente para o biênio 2021-2023, o deputado Torino Marques (PSL) se colocou à disposição: “É bonito ver um jovem como o deputado Erick Musso crescer dessa forma e desenvolver um trabalho como esse. Tenho orgulho de fazer parte da Mesa Diretora eleita”.
Da mesma forma, o deputado Dr. Rafael Favatto (Patri) elogiou a condução de Erick Musso na direção da Casa. “A votação é uma demonstração de que nós queremos continuar com a transparência na Assembleia Legislativa. Queremos continuar com a Casa aberta ao cidadão”, disse.
No mesmo sentido, Hudson Leal (Republicanos) justificou seu voto a favor da reeleição. “Votamos pela independência e fortalecimento do Legislativo. O que mais incomoda é que você abriu essa Casa ao povo. Votei com segurança para a continuidade desse trabalho”, afirmou.
Já Adilson Espindula (PTB), além de parabenizar o presidente, agradeceu a confiança. O parlamentar fez parte da chapa como 1° secretário. “O trabalho do Erick está sendo reconhecido nacionalmente. Eu parabenizo e agradeço a confiança dos colegas para fazer parte da Mesa Diretora”, ressaltou.
Alexandre Xambinho (Rede), que presidiu o processo eleitoral, encerrou a sessão fazendo coro às palavras dos colegas. “Nós podemos confirmar que o deputado Erick faz um trabalho focado nos capixabas, abrindo às portas da Assembleia Legislativa. Reforçamos nosso apoio ao presidente”, pontuou.
Mesa Diretora
A Mesa Diretora é o órgão responsável por organizar e dirigir os trabalhos legislativos e os serviços administrativos da Casa. Compõem a mesa o presidente e o 1º e 2º secretários, eleitos a cada dois anos pelos deputados estaduais.
Seus membros são eleitos em sessão preparatória, no início do primeiro e terceiro anos da legislatura, sendo permitido ao presidente se reeleger. Para substituir o presidente são eleitos o 1º e 2º vice-presidente. Já para suprir a falta do 1º e 2º secretários são escolhidos o 3º e 4º secretários.