Uma equipe de médicos especialistas do Rio de Janeiro veio a Cachoeiro de Itapemirim para realizar a retirada de um tumor nasal por videoendoscopia em uma criança de 12 anos, no HIFA Aquidaban.
O procedimento, pouco comum via Sistema Único de Saúde (SUS), durou cerca de cinco horas e foi considerado um sucesso pelos especialistas. Por ser uma cirurgia delicada foram adotadas algumas medidas de segurança, como reserva de leito de UTI.
Segundo os médicos, a cirurgia de alto padrão contou com equipe especializada, equipamentos de última geração e uma técnica cirúrgica inovadora para o tratamento de tumores e outras lesões cranianas através do nariz. A técnica centrípeta idealizada pelo Dr. Alexandre Felippu, fundador do Instituto Felippu de Otorrinolaringologia em São Paulo, permite a retirada de grandes tumorações com muita segurança.
“O paciente tinha um tumor volumoso que comprometia boa parte do crânio, já estava pressionando o olho e obstruindo o nariz. Essa situação resultava em dificuldades respiratórias, dores e cansaço, então essa cirurgia vem para proporcionar mais qualidade de vida para ele”, explicou o médico otorrinolaringologista, Maximiano Franca.
De acordo com o médico, um dos diferenciais da cirurgia por videoendoscopia é não ter cortes. “Não submeter o paciente a grandes incisões no pescoço ou face, por exemplo. Além da recuperação mais rápida, por em modo geral a manipulação cerebral ser inexistente ou mínima quando comparada a técnicas convencionais”, acrescentou.
A equipe formada pelos médicos otorrinolaringologistas Dr. Alexandre Cunha, José Eduardo Almeida, Felipe Figueiredo e Lucas Sampaio são do Instituto de Rinologia e Base de Crânio do Rio de Janeiro – IRBC RJ – e veio ao HIFA após convite do Dr. Maximiano Franca.
Os Drs. Alexandre Cunha e José Eduardo Almeida, organizadores do curso com enfoque na técnica centrípeta no Rio de Janeiro aproveitaram a oportunidade para agradecer o convite. “A estrutura do hospital é espetacular, não perde em nada para grandes hospitais particulares do Rio de Janeiro. Toda a equipe ficou encantada em ver uma estrutura dessas em hospital SUS. Esperamos receber novos convites!”, finalizaram.
Família aliviada
Em conversa com a mãe da criança, a doméstica Cleia Maria Perin, 46 anos, a luta com o filho começou quando ele tinha entre 4 e 5 anos.
“Após fazer a cirurgia de amígdalas, ao invés de melhorar a situação ele piorou. Foram sete anos indo a médicos, hospitais e ele sempre reclamando de falta de ar, vivia cansado, com nariz entupido. Chegaram a me oferecer a cirurgia particular, mas nós não tínhamos condições de pagar. Graças a Deus aqui no HIFA conseguimos realizar. Eu lembro que ele sempre quis brincar com os amigos de futebol, soltar pipa, mas me cortava o coração de ver que ele não conseguia, pois ficava muito cansado, ofegante, por só conseguir respirar pela boca, mas agora essa situação vai mudar”, disse aliviada.